Publicado Quarta, 27 de Julho de 2022 às 07:53, por: CdB
A redução no fluxo de gás vem após a própria Gazprom anunciar que iria fazer um novo corte por conta de problemas técnicos. O Nord Stream 1 é o principal sistema de fornecimento do combustível fóssil para os países europeus que, por sua vez, já estão buscando outros fornecedores e reduzindo sua dependência da Rússia.
Por Redação, com ANSA - de Moscou
A Gascade, empresa alemã que gere dois pontos de entrada do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, informou nesta quarta-feira que os fornecimentos de gás natural pelo sistema caíram para apenas 20% da capacidade.
Nord Stream 1 voltou a ter fluxo reduzido
A russa Gazprom informa que a redução foi provocada pelo fechamento de uma nova turbina, conforme informa a agência estatal de notícias Tass, mas a situação é mais uma das formas de Moscou pressionar a União Europeia por conta das sanções políticas, econômicas e financeiras que o país vem sofrendo desde que invadiu a Ucrânia.
Segundo a nota da Gascade, 1,28 milhões de metros cúbicos está sendo transportado, metade do valor que passava pelo gasoduto desde o dia 21 de julho, quando uma turbina que estava em manutenção no Canadá foi reinstalada.
Na sua coletiva diária com jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a Gazprom "fornece o quanto é necessário e possível".
– Sabemos agora que as capacidades técnicas de bombeamento foram reduzidas, foram restringidas, porque o processo de manutenção de várias unidades está extremamente complicado por causa das restrições e sanções impostas pela Europa, em particular, pela União Europeia. Essas sanções não permitem fazer rapidamente a manutenção, trocar peças de reposição, fazer reparos importantes e outras manutenções de rotina nos equipamentos necessários para bombeamento – se justificou Peskov em fala repercutida pela Tass.
Fluxo de gás
A redução no fluxo de gás vem após a própria Gazprom anunciar que iria fazer um novo corte por conta de problemas técnicos. O Nord Stream 1 é o principal sistema de fornecimento do combustível fóssil para os países europeus que, por sua vez, já estão buscando outros fornecedores e reduzindo sua dependência da Rússia.
Na terça-feira, o bloco europeu também conseguiu chegar a um acordo para reduzir o consumo de gás natural entre agosto deste ano e março de 2023 como parte de um plano de emergência para evitar que nações do bloco sofram com o desabastecimento durante o outono e o inverno.