Fundo de Marinha Mercante investe na modernização de estaleiros

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Publicado Segunda, 05 de Abril de 2010 às 08:17, por: CdB

Os Estados do Amazonas, Bahia, Ceará e Alagoas serão beneficiados pelo programa de expansão da indústria naval, com investimentos já programados de R$ 4 bilhões. O montante corresponde a nove projetos listados como prioritários para análise pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM). A lista, no entanto, tende a crescer após o resultado da licitação para 28 sondas de perfuração da Petrobras. O volume de novos projetos no setor naval chamou a atenção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deu início a uma avaliação sobre a real necessidade do parque naval brasileiro.

Na opinião do gerente do Departamento de Petróleo e Gás do Banco, Luiz Marcelo Martins, o objetivo do estudo é diminuir a margem de riscos para os empréstimos a estaleiros que terão poucos contratos no longo prazo.

– Queremos uma indústria sustentável. É preciso um maior planejamento para evitar situação como a das décadas de 1970 e 1980, com a construção de muitos estaleiros sem demanda de longo prazo – disse Martins aos jornalistas.

Apenas nove projetos arrebataram os R$ 4 bilhões aprovados até agora pelo FMM. Oito são destinados à construção de novos canteiros e um vai financiar a modernização de um estaleiro. O maior deles será construído pela Odebrecht na foz do rio Paraguaçu, na Bahia, ao custo de R$ 1,631 bilhão. O Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), do grupo Synergy, prevê a abertura de um canteiro em Alagoas, orçado em R$ 1,222 bilhão.

Após uma fase de reestruturação, o FMM passou a operar como uma espécie de BNDES para o setor naval, financiando a construção de embarcações e, agora, a abertura de estaleiros a condições especiais. Os recursos vêm do Adicional de Frete da Marinha Mercante (AFMM), taxa cobrada sobre o frete no transporte marítimo. Diante do crescimento das consultas, o fundo teve de receber um aporte de R$ 15 bilhões do governo em dezembro. O fundo analisa pedidos de financiamento de R$ 14 bilhões, incluindo estaleiros, navios e embarcações.

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