Em sua participação no "4º Lindau Meeting on Economic Sciences", em Lindau (Alemanha), o Nobel de Economia Joseph Stiglitz o economista insistiu que os modelos macroeconômicos "fracassaram" por não terem previsto a crise financeira de 2008 - exatamente o ano que deixou mais ostensivamente isível esse fracasso. Leiam, também, o post acima Um programa para o fim de semana de tucanos e economistas ortodoxos.
"As autoridades monetárias permitiram o crescimento de bolhas concentrando as atenções apenas na inflação, em parte porque os modelos sugeriam que manter a inflação baixa era quase suficiente para a eficiência econômica e crescimento", destaca o economista ao falar do início da grande crise em 2008.
"O incrível - conclui - é que ainda existam defensores dessas teorias macroeconômicas, embora o mundo hoje seja outro"." No caso dos nossos ortodoxos, mr. Stiglitz, fracassaram nessas teorias, mas não se dão por vencidos, nem convencidos.
Pior, é que aqui no Brasil ainda há quem as defenda! Aqui, todos os dias eles estão na mídia - ou convertendo-a em porta-voz de suas bandeiras - pedindo que não se abaixe os juros. Já não têm coragem de pedir para aumentá-los, mas criticam toda a política para a reestruturação de nossa indústria.
Só sabem fazer terrorismo sobre a desindustrialização, mas não apresentam saídas. Apenas cobram mais cortes, mais juros, e menos Estado. Mantém arraigadamente sua velha pregação pró-Estado mínimo, sem nenhuma interferência na economia, salvo na parte em que querem pegar dinheiro dos bancos públicos, mesmo que combatam as políticas dessas instituições.
Rio de Janeiro, Segunda, 29 de Abril de 2024
Fracasso ortodoxo se tornou visível desde 2008
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Publicado Sexta, 26 de Agosto de 2011 às 05:34, por: CdB
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