Foto de Doisneau passa para História, com a morte de Françoise Bornet

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Publicado Quarta, 03 de Janeiro de 2024 às 13:19, por: CdB

"O Beijo do Hôtel de Ville" mostra Françoise Bornet beijando o então namorado na Paris do pós-Guerra. Imagem feita por Robert Doisneau é uma das fotografias mais famosas do mundo.


Por Redação, com DW e EFE - de Paris


Françoise Bornet, a protagonista da famosa fotografia do beijo de Robert Doisneau perto da prefeitura de Paris, morreu no dia 25 de dezembro passado, aos 93 anos, em Évreux, na Normandia, informou na terça-feira o jornal francês Le Parisien.




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Françoise Bornet, a protagonista da famosa fotografia do beijo de Robert Doisneau perto da prefeitura de Paris

Bornet, que na época ainda usava o sobrenome de solteira, Delbart, foi eternizada pela foto em preto e branco com a qual Robert Doisneau (1912-1994) a clicou beijando o então namorado, Jacques Corteaux, estudante de artes cênicas como ela, num lugar emblemático da capital francesa.


O registro, conhecido como O Beijo do Hôtel de Ville, foi feito na primavera de 1950, quando ela tinha apenas 20 anos. O então casal pousou para o fotógrafo a pedido dele. Os efeitos do período pós-Guerra ainda estavam presentes, como se percebe nos trajes dos transeuntes.



Grande amor


Posteriormente, o casal terminou o relacionamento. Bornet continuou no teatro, onde atuou em peças dirigidas por François Périer e Pierre Brasseur, e acabou se casando com Alain Bornet, que as pessoas próximas a ela consideram ter sido seu grande amor.


A revista Life havia contratado Doisneau para ilustrar uma reportagem sobre o amor em Paris, e a fotografia, hoje uma das mais conhecidas em todo o mundo, foi usada pela revista e depois acabou esquecida.


A partir da década de 1980, a imagem passou a ser usada cada vez mais em cartões postais, pôsteres e canecas e a ser vista como um símbolo da Paris romântica, tornando-se um dos beijos mais famosos do mundo.


A exploração comercial também levou Bornet a reivindicar, em 1993, uma percentagem pela reprodução de sua imagem. A Justiça, no entanto, negou a ela a comissão que pedia, argumentando que seu rosto não era claramente reconhecível, pois estava coberto pelo rosto de Corteaux.


Em 2005, ela vendeu em leilão, por mais de 150 mil euros, uma cópia da fotografia dada a ela por Doisneau.




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