Filho de Bolsonaro e seus asseclas recebem apoio milionário da UERJ

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Publicado Sábado, 20 de Maio de 2023 às 16:04, por: CdB

As contratações foram feitas para projetos de pesquisa da universidade, segundo apurou a reportagem, identificadas em “folhas de pagamento sem transparência”. Entre as pessoas beneficiadas, estão 20 aliados do deputado Altineu Côrtes, atual líder do PL na Câmara.


Por Redação - do Rio de Janeiro

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) pagou cerca de R$ 2,4 milhões a aliados das lideranças do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, na Câmara e no Senado, e a um assessor de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Câmara do Rio, entre 2021 e 2022, segundo informações reveladas pelo portal de notícias UOL, na véspera.

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Carlos Bolsonaro, o filho '02' do presidente, está atolado em uma série de processos


As contratações foram feitas para projetos de pesquisa da universidade, segundo apurou a reportagem, identificadas em “folhas de pagamento sem transparência”. Entre as pessoas beneficiadas, estão 20 aliados do deputado Altineu Côrtes, atual líder do PL na Câmara, que teriam recebido, ao menos, R$ 2 milhões do projeto Escola Criativa e de Oportunidades (ECO).

Um assessor e a mãe de Carlos Portinho, líder do PL no Senado; além de Rogério Cupti de Medeiros, assessor de Carlos Bolsonaro, e uma tia do assessor também foram beneficiados. Cupti teria recebido, segundo a apuração, R$ 87,4 mil, entre julho e novembro de 2022, em razão de um projeto de educação profissional. A tia, Márcia Toffano Mattos, teria recebido R$ 91 mil, ao todo.

Denúncias


Os pagamentos, ainda de acordo com o portal de notícias, foram feitos a pessoas sem experiência acadêmica. Procurados por repórteres, logo após a divulgação dos fatos, os suspeitos negaram que houvesse algum conflito de interesses entre as atividades políticas e o recebimento de valores para realização de pesquisas.

No fim do ano passado, ainda sob a gestão do mandatário neofascista, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), após denúncias de que ele e outras 11 pessoas cometeram crimes de abuso de poder político e econômico em um caso envolvendo “folha de pagamento secreta” na UERJ.

Em reposta à mídia, a UERJ afirmou que os participantes dos projetos de extensão são selecionados “pelas respectivas coordenações, pautados pelo regramentos jurídicos vigentes, por meio de entrevista e análise de currículo”.

Projetos


“Todas as entregas e resultados dos projetos constam como informações públicas e auditáveis pelos órgãos de controle em dezenas de processos no SEI (Sistema Eletrônico de Informações) do Estado, nos quais se documenta com relatórios a execução do objeto da descentralização”, acrescentou a Universidade.

Ainda segundo a UERJ, “os projetos citados pela reportagem do portal foram suspensos em dezembro de 2022”. A Universidade resumiu ainda, em nota, “que vem realizando todas as apurações necessárias ao esclarecimento dos fatos, sendo a maior interessada em elucidar quaisquer denúncias de irregularidades”.

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