Federer sofre decepção na busca por 21º título de Grand Slam

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Publicado Quarta, 04 de Setembro de 2019 às 09:59, por: CdB

Federer esperava superar a agonia de sua final mais recente na grama inglesa, onde o troféu escapou por pouco e foi parar nas mãos do rival Novak Djokovic.

Por Redação, com Reuters e ABr - de Nova York/São Paulo Pouco tempo após uma derrota arrasadora em Wimbledon, o fim abrupto da campanha de Roger Federer no Aberto dos Estados Unidos, na noite de terça-feira, provocou a dúvida: será que o tenista de 38 anos conseguirá ampliar seu recorde com um 21º título de Grand Slam?
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Roger Federer durante derrota para Grigor Dimitrov no Aberto dos EUA
Federer esperava superar a agonia de sua final mais recente na grama inglesa, onde o troféu escapou por pouco e foi parar nas mãos do rival Novak Djokovic. Mas Grigor Dimitrov frustrou esse esforço em Flushing Meadows em uma maratona de cinco sets, fazendo a plateia atônita se perguntar se o suíço voltará a conquistar um Grand Slam. – Não tenho bola de cristal. Você tem? –  brincou o terceiro cabeça de chave quando um repórter lhe perguntou se ele acredita em outro título de Grand Slam com sua idade. – Nunca se sabe. Espero que sim, claro. Acho que mesmo assim está sendo uma temporada positiva. Decepcionante agora, mas vou me reerguer, vou ficar bem. Ele rejeitou as insinuações de que seu desempenho em Wimbledon neste ano teve um papel em sua eliminação inesperada do Aberto dos EUA. – Não penso nisso. Se você segue em frente, isso é passado. O que eu lembro é de disputar uma boa semifinal lá, então não foi tão ruim. Se penso nisso, fico muito feliz – disse. Para Federer, nada está fora de cogitação, e há precedentes: o homem mais velho a vencer um título do Aberto dos EUA foi Bill Larned, que tinha 38 anos, 8 meses e 3 dias ao triunfar. É verdade que isso foi em 1911, e precedentes provavelmente não consolarão muito Federer, que revelou aos repórteres um cronograma agressivo de competições futuras.

Xangai

– Laver Cup, Xangai, Basileia, talvez Paris, Londres. Este é o cronograma por ora. Não sei se minha equipe tem outras ideias ou não”, explicou Federer. “Fico contente de ter um pouco de descanso agora, voltar a treinar, reavaliar e atacar a partir desse ponto. Em quatro meses ele fará uma nova tentativa de aumentar sua coleção de Grand Slams no Aberto da Austrália, onde conseguiu seu grande troféu mais recente, em 2018. – Tenho que aceitar as derrotas. Elas são parte do jogo. Estou animado de ter tempo para a família e todas essas coisas, então... a vida está boa.

Tênis de mesa feminino

A seleção feminina de tênis de mesa está, no momento, em Assunção, no Paraguai, disputando o Campeonato Pan-Americano. A competição serve de preparação para o evento mais importante da temporada: o Pré-Olímpico por equipes, no Peru, entre 25 e 27 de outubro. O torneio será em Lima, onde o time formado por Bruna Takahashi, Caroline Kumahara e Jéssica Yamada conquistou a prata nos Jogos Pan-Americanos. O Pan, aliás, foi a primeira experiência de Caroline e Jéssica jogando em dupla pela seleção após muito tempo. Juntas, elas venceram seus jogos contra México, Colômbia e Chile, e venderam caro as derrotas para parcerias de Estados Unidos, na semifinal, e Porto Rico, na decisão do ouro, de quem ganharam a revanche em Assunção na última terça-feira. – A gente realmente não sabia como seria. O estilo de cada uma mudou muito, as adversárias eram diferentes também, mas conseguimos jogar bem. Fizemos frente à dupla com as duas mais fortes dos Estados Unidos e quase ganhamos (da dupla) de Porto Rico, que joga junto há muito tempo. O entrosamento é a coisa mais importante em uma dupla – destacou Caroline.

– Nosso time tinha muito potencial para ganhar o ouro (no Pan). Foi uma pena, mas a prata foi muito boa. Na hora, fica meio frustrada, mas, quando se para e analisa o torneio, foi muito positivo. Foi nossa primeira vez juntas, como equipe – completou Jéssica.

O Pré-Olímpico

O Pré-Olímpico de Lima garante a seleção campeã em Tóquio. As demais equipes terão que disputar um qualificatório mundial, que dá nove vagas nos Jogos, contra rivais da Europa e da Ásia — onde estão as potências do tênis de mesa. Estar no Oriente para o mais importante evento do esporte será especial para a dupla. Caroline Kumahara é nissei, ou seja, filha de japoneses. – O pouco que eu sei é que ele veio de navio com os irmãos, quando tinha quatro anos. Pelo que entendi, eles estavam meio que fugindo da guerra. A família decidiu vir para cá sem nada, sem lugar para ir. Meu pai não é muito de falar das histórias. Acho que foi muito sofrido, é o que minha irmã mais velha fala – contou a mesatenista, que tem outra memória marcante do Japão: o título do equivalente à segunda divisão do Mundial por Equipes feminino, em 2014. Jéssica Yamada é a quarta geração de uma família também de origem japonesa. Mas o carinho dela pelo país vai além da relação sanguínea. – Em 2003, eu tive a oportunidade de passar três meses lá fazendo estágio pelo tênis de mesa. É engraçado, porque quando voltei, minha mãe disse que trocaram a filha dela (risos). É uma cultura muito bonita. Aprendi muito quando fui para lá, a dar mais valor às coisas que tenho, a respeitar o próximo. No começo foi muito duro, mas, quando entendi a mentalidade, a educação, a importância de se esforçar e dar o melhor, eu cresci muito – descreveu.

Tóquio

Além de assegurar a seleção na disputa por equipes em Tóquio, o título do Pré-Olímpico garante duas vagas ao país na disputa individual. Atualmente, Bruna Takahashi é a brasileira mais bem colocada no ranking mundial (53ª), seguida por Jéssica (154ª) e Caroline (294ª). A concorrência entre elas, porém, não preocupa as atletas no momento. – Na minha cabeça, é uma disputa saudável. Todas estamos brigando pelo mesmo objetivo, tentamos evoluir... Claro, ali na mesa, todas querem ganhar, mas vejo que uma vai puxando a outra. O Pré-Olímpico individual é em fevereiro, então o foco agora é classificar a equipe para Tóquio – comentou Jéssica. – Agora não tem disputa interna. É unir forças, como fizemos no Pan. Temos que continuar unidas, uma completando a outra, e dar o máximo como equipe. Depois, a gente vê o individual – concluiu Caroline.
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