Rio de Janeiro, 05 de Outubro de 2024

‘Faraó dos bitcoins’ vai a julgamento e tende a ser condenado

Arquivado em:
Terça, 29 de Agosto de 2023 às 18:49, por: CdB

No próximo dia 5 de setembro, será a vez do ‘Rei do Bitcoin’, Cláudio José de Oliveira, cuja fraude – com simulações de negociações de criptomoedas – é estimada em R$ 1,5 bilhão. O esquema de Oliveira, com sede em Curitiba, começou a ser investigado em 2019.


Por Redação - do Rio de Janeiro

Enquanto em Brasília se desenrola a CPI das Criptomoedas, no Rio de Janeiro a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara o julgamento de Glaidson Acácio dos Santos, o ‘Faraó dos Bitcoins’, marcado para a esta terça-feira. Ex-garçom e ex-pastor, Santos pilotou, a partir de Cabo Frio (RJ), um esquema que movimentou R$ 38 bilhões e deixou prejuízo estimado em R$ 9,3 bilhões.

farao.jpeg
Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins“


O relator do caso é o presidente da autarquia reguladora do mercado de capitais, João Pedro Nascimento. Especialistas ouvidos pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP) não têm dúvidas de que Santos será condenado, por unanimidade, pelo colegiado.

No próximo dia 5 de setembro, será a vez do ‘Rei do Bitcoin’, Cláudio José de Oliveira, cuja fraude – com simulações de negociações de criptomoedas – é estimada em R$ 1,5 bilhão. O esquema de Oliveira, com sede em Curitiba, começou a ser investigado em 2019. No ano seguinte, as investigações identificaram que o grupo negociava, por oferta pública, contratos de investimento coletivo sem registro junto à CVM.

Falência


A acusação da CVM contra o ‘Faraó’ responsabiliza Santos por infrações graves: operação fraudulenta e realização de oferta de valores mobiliários sem a obtenção do registro e sem a dispensa. As acusações também pesam sobre a mulher dele, a venezuelana Mirelis Zerpa, que está foragida, e sua firma, G.A.S. Consultoria e Tecnologia, no esquema de pirâmide financeira travestido de investimento em bitcoins.

A G.A.S. movimentou R$ 38 bilhões por meio de pessoas físicas e jurídicas no Brasil e no exterior. O negócio prometia retorno médio de 10% ao mês por 12 meses. Quando o negócio ruiu, deixou prejuízo estimado em R$ 9,3 bilhões. Mais de 127 mil investidores estão cadastrados para tentar recuperar suas aplicações. A G.A.S., tratada em denúncia do Ministério Público Federal (MPF) como “instituição financeira ilegal”, teve a falência decretada em fevereiro deste ano.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo