Famílias mais ricas têm nível de inflação menor

Arquivado em:
Publicado Terça, 18 de Janeiro de 2022 às 11:06, por: CdB

De acordo com o Indicador Ipea, a inflação chegou a 10,40% para as famílias de renda média-baixa (R$ 2.702,88 a R$ 4.506,46) e 10,26% naquelas classificadas como renda média (R$ 4.506,47 a R$ 8.956,26). Para a renda muito baixa e baixa (abaixo de R$ 2.702,88), o indicador ficou em 10,10% e 10,08%, respectivamente.

Por Redação, com ACSs - de São Paulo
O nível inflacionário para famílias com renda mensal de até R$ 8.957 ficou acima dos 10,06% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) de 2021. Mas aquelas com renda acima desse patamar tiveram uma inflação abaixo dos dois dígitos, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta terça-feira.
ato.jpeg
A inflação também bateu recorde. Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulou uma alta de 10,74% contando os 12 meses anteriores
De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, a inflação chegou a 10,40% para as famílias de renda média-baixa (R$ 2.702,88 a R$ 4.506,46) e 10,26% naquelas classificadas como renda média (R$ 4.506,47 a R$ 8.956,26). Para a renda muito baixa e baixa (abaixo de R$ 2.702,88), o indicador ficou em 10,10% e 10,08%, respectivamente. Nas faixas de renda média-alta e alta (acima de R$ 8.956,26), a inflação ficou em 9,66% e 9,54% no acumulado do ano, segundo o estudo do Ipea. A diferença entre a inflação nos dois extremos de renda (muito baixa e alta) foi de 0,54 ponto percentual, resultado bem inferior aos 3,48 pontos percentuais registrados em 2020.

Energia e gás

Essa diferença maior no ano retrasado foi explicada pelo comportamento dos serviços, que pesam mais na cesta de consumo dos mais ricos e tiveram queda de preços no período de maior restrição de circulação. De acordo com a pesquisadora Maria Andreia Lameiras, autora do indicador mensal, no caso das famílias de renda muito baixa, a pressão inflacionária veio sobretudo do grupo habitação (3,64%), impactado pelos reajustes de 21,2% das tarifas de energia elétrica e de 37% do gás de botijão. Para as famílias de renda alta, o impacto foi maior no grupo transporte (5,35%), em virtude do aumento de 47,5% da gasolina e de 62,2% do etanol. A inflação no Brasil ficou entre as maiores do mundo no ano passado. A alta de preços surpreendeu economistas e autoridades em diversos países. Para 2022, a expectativa é de uma queda no índice de preços, mas com risco de novo estouro da meta, cujo limite é 5%.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo