Rio de Janeiro, 28 de Setembro de 2024

Exército russo ataca cidade natal de Zelensky com drones

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Sexta, 24 de Março de 2023 às 07:25, por: CdB

A Rússia tem utilizado drones iranianos Shahed-136 e, algumas vezes, mísseis, desde outubro, para atingir infraestruturas energéticas em toda a Ucrânia.


Por Redação, com RTP e Sputnik - de Kiev/Moscou


O Exército russo atacou Kryvyi Rih, a cidade natal do presidente ucraniano, nesta sexta-feira de madrugada, com cinco drones kamikaze, que atingiram os alvos sem causar vítimas, disse o líder da administração militar da cidade.




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Equipamentos transportam explosivos e são destruídos no ataque

No Telegram, Oleksandr Vilkul escreveu que "o inimigo lançou ataque maciço contra Kryvyi Rih com drones [aparelhos aéreos não tripulados] kamikaze", de fabricação iraniana.


Os drones kamikaze, ou suicidas, são de uso único: transportam explosivos e são destruídos no ataque.


– Graças ao sistema de defesa aérea, um dos drones inimigos foi abatido – disse Vilkul.


Para o líder da administração militar de Kryviy Rih, cidade industrial a cerca de 420 quilômetros a sudeste, "todas as infraestruturas importantes, transportes públicos, instituições sociais e de saúde da cidade estão funcionando de forma estável, apesar do ataque".


Drones iranianos


A Rússia tem utilizado drones iranianos Shahed-136 e, algumas vezes, mísseis, desde outubro, para atingir infraestruturas energéticas em toda a Ucrânia, que sofreu cortes maciços de energia durante o inverno.


As autoridades ucranianas também registraram um ataque russo com mísseis contra a região sul de Odessa.



Exército da Otan


A Rússia está em guerra não com o regime ucraniano, mas com um exército de 3,6 milhões da Otan, a Aliança Atlântica está diretamente envolvida no conflito na Ucrânia, seus analistas reconheceram isso, disse Dmitry Medvedev, ex-presidente russo.


– Vou dizer uma coisa que é óbvia: a Federação da Rússia está em guerra não com a Ucrânia, ou com o regime semi-nazista ou nazista ucraniano, nosso país está em guerra com um exército de 3,6 milhões da Otan. Eles, é claro, estão envolvidos em um conflito híbrido e, de fato, já não escondem isso – disse Medvedev em uma entrevista aos principais meios de comunicação russos incluindo à agência russa de notícias Sputnik.


O ex-presidente russo observou que "eles (a Otan) estão envolvidos em treinamentos, estão prestes a chegar e a começar a implantar algo etc.". "É absolutamente óbvio o envolvimento direto no conflito, seus analistas o reconheceram", declarou o ex-presidente.


De acordo com Medvedev, as armas fornecidas a Kiev e os especialistas estrangeiros que vêm com elas são um alvo legítimo para os militares russos.


– Se junto com essas armas chegam especialistas militares, isso é uma evidência direta de que o país está envolvido no conflito. Portanto, se os Patriot ou alguns outros meios de ataque são enviados ao território da Ucrânia junto com especialistas estrangeiros, eles são naturalmente um alvo legítimo e estão sujeitos à eliminação – advertiu Medvedev.


O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia disse também que o Ocidente com suas sanções está lutando não com a liderança da Rússia, mas com cidadãos comuns do país. Ele explicou que as ações do Ocidente forçam os russos a comprar tudo mais caro, bloqueiam os cartões bancários e restringem a circulação de cidadãos russos em todo o mundo.


Medvedev também ressaltou que o mundo mudou, e isso implica mudanças na estrutura das instituições de segurança globais.


– O mundo mudou. Mudou tão radicalmente como eu não imaginaria há alguns anos. Não há caminho para trás, já não será do jeito que era. Não sei se isso é bom ou ruim, mas provavelmente é bom. Chegou o fim da ditadura dos países anglo-saxônicos, mesmo em virtude dos eventos que estão ocorrendo – disse Medvedev. "Não sei o que acontecerá a seguir, mas é claro que está chegando a era de acordos regionais como o BRICS e a OCX, as relações bilaterais" conclui ele.


Anteriormente, Medvedev disse que o Ocidente não precisa de uma parceria igualitária com a Rússia ou a China, precisa sim de manter a hegemonia.


 

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