Ex-agentes da CIA admitem ter hackeado redes norte-americanas para Emirados Árabes

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Publicado Quarta, 15 de Setembro de 2021 às 07:40, por: CdB

Os três homens admitiram ter invadido as redes de computadores dos Estados Unidos e ter exportado ferramentas sofisticadas de intrusão cibernética sem obter a permissão necessária do governo norte-americano, segundo documentos divulgados pelo tribunal federal dos EUA em Washington.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Três ex-agentes da inteligência dos EUA que trabalharam como espiões cibernéticos para os Emirados Árabes Unidos (EAU) admitiram ter violado as leis de hacking e as proibições norte-americanas de venda de tecnologia militar sensível.
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Ex-agentes da inteligência dos EUA admitem ter hackeado redes norte-americanas para Emirados Árabes
Os ex-agentes, Marc Baier, Ryan Adams e Daniel Gericke, fizeram parte de uma unidade clandestina chamada Projeto Raven, que ajudou os EAU a espionar seus inimigos, relatada pela primeira vez pela agência inglesa de notícias Reuters. Os três homens admitiram ter invadido as redes de computadores dos Estados Unidos e ter exportado ferramentas sofisticadas de intrusão cibernética sem obter a permissão necessária do governo norte-americano, segundo documentos divulgados na terça-feira pelo tribunal federal dos EUA em Washington. No âmbito do acordo com as autoridades federais para evitar um processo judicial, os ex-agentes da inteligência concordaram em pagar um total de US$ 1,69 milhão (R$ 8,8 milhões) e nunca mais buscar uma autorização de segurança dos EUA, uma exigência para empregos que impliquem acesso a segredos de segurança nacional. Os homens disseram acreditar que estavam seguindo a lei porque os superiores lhes prometeram que o governo dos Estados Unidos havia aprovado o trabalho.

Arma cibernética

Baier, Adams e Gericke admitiram ter implantado uma arma cibernética sofisticada chamada de Karma que permitiu aos Emirados Árabes Unidos hackear os iPhones da Apple sem a necessidade de que o alvo de hackeamento clicasse em links, de acordo com documentos do tribunal. "Os piratas informáticos a soldo e aqueles que de outra forma apoiam tais atividades, em violação das leis dos EUA, devem esperar plenamente ser processados por seu comportamento criminoso", segundo comunicado do vice-procurador-geral Mark J. Lesko da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça. Uma investigação da Reuters revelou que a equipe invadiu as contas de ativistas de direitos humanos, jornalistas e governos rivais. Mais tarde, alguns dos ativistas foram torturados pelas forças de segurança dos EAU, conforme a mídia.
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