EUA incluem empresa israelense de 'spyware' em lista negra 

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Publicado Quinta, 04 de Novembro de 2021 às 09:09, por: CdB

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos comunicou que incluirá a empresa israelense NSO Group em sua lista negra de empresas envolvidas em atividades "contrárias à segurança nacional ou aos interesses da política externa dos EUA".

Por Redação, com Sputnik - de Washington

A empresa israelense NSO Group afirmou estar "surpreendida" pelo anúncio e que "trabalhará para que esta decisão seja revertida".
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EUA incluem empresa israelense de 'spyware' em lista negra do Departamento de Comércio
Na quarta-feira, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos comunicou que incluirá a empresa israelense NSO Group em sua lista negra de empresas envolvidas em atividades "contrárias à segurança nacional ou aos interesses da política externa dos EUA". Além disso, citou evidências de que a empresa "desenvolveu e forneceu software espião a governos estrangeiros que utilizaram estas ferramentas para atacar maliciosamente funcionários governamentais, jornalistas, empresários, ativistas, acadêmicos e funcionários de embaixadas". Fazer parte da lista significa que as exportações para os EUA estão restringidas. Em todo o caso, os fornecedores teriam que solicitar primeiro uma licença, muito difícil de obter. Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano declarou à agência inglesa de notícias Reuters que não estão "tomando medidas contra os países ou governos onde se encontram essas empresas".

Polêmicas

A NSO Group é alvo de polêmicas desde que foi descoberto que seu software espião, Pegasus, é supostamente utilizado por alguns governos para espionar políticos, jornalistas e ativistas. Por sua vez, a empresa afirmou que "está surpreendida pela decisão" e assegurou que suas tecnologias "apoiam os interesses e políticas de segurança nacional dos EUA ao prevenir o terrorismo e o crime". "Portanto, apelaremos para que esta decisão seja revertida", precisou em comunicado, citado pelo jornal The Times of Israel. "Esperamos apresentar a informação completa sobre como contamos com os mais rigorosos programas de conformidade e de direitos humanos do mundo, baseados nos valores norte-americanos que compartilhamos profundamente, e que já resultaram em múltiplas rescisões de contratos com agências governamentais que fizeram mau uso de nossos produtos", adicionou o grupo.
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