EUA impõem sanções a ministro das Relações Exteriores da Venezuela

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Publicado Sexta, 26 de Abril de 2019 às 11:16, por: CdB

A crise política venezuelana se agravou devido à autoproclamação de Guaidó, líder da oposição e da Assembleia Nacional do país.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Segundo divulgou nesta sexta-feira a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), parte do Departamento do Tesouro dos EUA, Washington lançou sanções contra o ministro da Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.
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Chanceler venezuelano, Jorge Arreaza
A OFAC informou que as sanções atingem também a juíza venezuelana Carol Padilla. Em janeiro, o governo dos Estados Unidos anunciou que não iria reconhecer o novo mandato do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Ao invés disso, Washington passou a apoiar o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. No dia 23 de janeiro, a crise política venezuelana se agravou devido à autoproclamação de Guaidó, líder da oposição e da Assembleia Nacional do país. Desde então, diversos países estrangeiros têm tomado posições diversas em relação ao apoio a Guaidó ou Maduro. Entre os países que reconhecem Maduro como presidente legítimo da Venezuela estão a China, a Rússia, a Turquia e Cuba. Já quem apoia Guaidó, inclui principalmente aliados dos EUA na Europa, e países como Argentina, Colômbia, Brasil e Chile na América do Sul.

Ativista protesta contra política dos EUA

Code Pink, uma ONG pacifista e cujos participantes estão ativamente envolvidos em organização de protestos contra a política externa intervencionista dos EUA na Venezuela, realizou mais uma intervenção.
O enviado especial dos EUA para a política na Venezuela, Elliott Abrams, tentou descrever as condições para uma Venezuela "pós-Maduro" durante um evento que foi sediado polo Conselho Atlântico. Abrams apelou aos membros do Partido Socialista Unido da Venezuela, que apoia Maduro, a se juntarem à oposição e exigir eleições. Ele sublinhou que na Venezuela "pós-Maduro" seria necessário que os militares deveriam ser "bem pagos" e ficarem fora da política, e destacou que o regime de Maduro deve terminar para a Venezuela recuperar a democracia e prosperidade, repetindo a posição oficial dos EUA. A codiretora nacional da Code Pink, Ariel Gold, conseguiu entrar na sala onde Abrams discursava. No meio do discurso dele, ela se levantou com um cartaz em que estava escrito "No Coup in Venezuela" (Não ao Golpe na Venezuela). – Como ousa você impor sanções que prejudicam o povo da Venezuela? Como ousa você, em nome do povo dos EUA, derrubar o governo de outro povo? Como ousa você minar a democracia? Guaidó não foi eleito por ninguém. Seis milhões de pessoas votaram em Maduro. A ONU reconhece Maduro como o presidente eleito da Venezuela – gritou Gold durante o evento. Gold foi vaiada pelos presentes e os guardas a empurraram para fora da sala.  
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