Estudante negra é pisoteada e xingada por alunos em escola  de SP

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Publicado Quinta, 21 de Março de 2024 às 14:09, por: CdB

Os alunos do ensino fundamental da escola teriam jogardo terra e fezes de gato no uniforme da menina. A vítima diz ainda ter sido chamada de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta”.


Por Redação, com CartaCapital - de São Paulo


Uma estudante negra, de 12 anos, foi pisoteada por colegas na Escola Municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso, em Novo Horizonte, no interior de São Paulo. Durante a agressão, ela teria sido alvo de ofensas racistas.




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A mãe da jovem de 12 anos denunciou o ocorrido à polícia de Novo Horizonte (SP, a escola nega racismo e diz que está investigando o caso

O caso ocorreu no dia 11 de março, mas foi revelado só nesta quinta-feira 21 pelo portal G1. A CartaCapital confirmou a ocorrência.


Os alunos do ensino fundamental da escola teriam jogardo terra e fezes de gato no uniforme da menina. A vítima diz ainda ter sido chamada de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta”.


– Eu me sinto triste. Minha cor e meu cabelo. Isso dói muito. Eles me xingaram, me humilharam, me chamaram de ‘macaca' – relatou a menina ao G1.


A mãe da jovem, que preferiu não ser identificada, levou o caso à delegacia da cidade e pediu medida protetiva, que foi concedida pela Justiça após exame de corpo de delito. Os estudantes estão proibidos de se aproximar e devem ficar a 100 metros de distância dela.


– Ela chorava muito. Não quero que nunca mais que alguma criança sinta o que a minha sentiu. Para que nunca mais uma mãe chore que nem eu chorei de dor ao ver minha filha na situação que eu vi. Quero justiça – disse a mãe.



Novo Horizonte


A prefeitura de Novo Horizonte, junto a Secretaria Escolar Municipal e a instituição onde ocorreu a agressão da jovem negra não deram detalhes de quais medidas foram tomadas. A nota à reportagem usa apenas o termo ‘sanções’ para casos de bullying e racismo. O comunicado também não confirmou quantos alunos estão envolvidos na agressão.


Entre as possíveis ações estariam: advertência, suspensão e convocação dos responsáveis. Nenhuma versa sobre a expulsão de estudantes, o que é questionado pela advogada da família, Kelly Ranolfi.


– Não tem como ela estar em um lugar onde os agressores poderiam chegar perto e ela sofrer novamente. É um perigo eminente e há o risco de eles a agredirem de novo – afirmou a advogada.


A Escola Municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso, por sua vez, negou racismo e disse que está apurando o ocorrido. A Polícia Civil também investiga o caso.




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