Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Especialistas da ONU cobram Francisco sobre abusos

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Segunda, 21 de Junho de 2021 às 10:37, por: CdB

Um grupo de especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma carta ao papa Francisco, em abril deste ano, pedindo que o líder da Igreja Católica "tome todas as medidas necessárias" para parar com o abuso sexual de menores de idades ao redor do mundo.

Por Redação, com ANSA - de Roma

Um grupo de especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma carta ao papa Francisco, em abril deste ano, pedindo que o líder da Igreja Católica "tome todas as medidas necessárias" para parar com o abuso sexual de menores de idades ao redor do mundo, informou o grupo nesta segunda-feira.
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Especialistas se dizem preocupados com casos de abusos em igrejas de todo o mundo
Os quatro especialistas não respondem pela ONU em si, mas enviaram o relatório com suas análises e conclusões ao órgão. O Vaticano não se manifestou oficialmente sobre o assunto. "A Santa Sé precisa tomar todas as medidas necessárias para parar e prevenir os repetidos casos de violência e abusos sexuais contra as crianças nas instituições católicas, garantir que os responsáveis sejam chamados a responder e as vítimas sejam ressarcidas", diz a declaração divulgada pelos especialistas.

Numerosas alegações registradas

No comunicado, eles disseram estar "muito preocupados" com as "numerosas alegações registradas em todo o mundo" e que se preocupam com as medidas adotadas por igrejas locais de "proteger supostos abusadores, cobrir crimes, obstruir a responsabilização dos supostos abusadores e evadir as reparações para as vítimas". Desde que assumiu o Pontificado, Francisco conviveu com diversos escândalos de abusos sexuais, sendo os mais notórios no Chile, França, Polônia e Alemanha, e instituiu a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores para investigar e prevenir ações do tipo. No início desses mês, dois enviados do líder católico foram para a diocese de Colônia, na Alemanha, para investigar uma série de denúncias de abusos tanto de religiosos como de funcionários laicos contra 314 vítimas, sendo que cerca de metade tinha menos de 14 anos quando os crimes foram cometidos.
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