Espanha reabre fronteiras para turistas vacinados, mas Brasil fica de fora

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Publicado Segunda, 07 de Junho de 2021 às 09:05, por: CdB

No entanto, viajantes de Brasil, Índia e África do Sul seguem impedidos de entrar no país devido a variantes do coronavírus. Turistas estrangeiros devem comprovar que estão completamente imunizados.

Por Redação, com DW - de Madri

A Espanha abriu suas fronteiras nesta segunda-feira a viajantes de todo o mundo vacinados contra a covid-19, na esperança de reaquecer o turismo, setor chave para a economia do país e que foi duramente afetado pelas restrições impostas devido à pandemia.
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Turistas devem comprovar que foram completamente vacinados pelo menos 14 dias antes da chegada à Espanha
No entanto, turistas do Brasil, da Índia e da África do Sul seguirão impedidos de entrar na Espanha, devido à alta incidência de variantes do coronavírus consideradas preocupantes. Os demais viajantes que chegarem à Espanha devem comprovar estar totalmente imunizados com vacinas da Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca-Oxford ou Janssen (Johnson & Johnson), autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), ou pelas vacinas chinesas Sinopharm e Sinovac-Coronavac, aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacinação deve ter sido concluída ao menos 14 dias antes da entrada no país.

Europeus não vacinados podem apresentar teste negativo

Outra nova regra para impulsionar o turismo determina que europeus não vacinados, que já podiam entrar na Espanha se apresentassem um teste PCR negativo para o coronavírus, agora poderão realizar um teste de antígenos, que é mais rápido e mais barato. Todos os passageiros que chegarem ao país por via aérea ou marítima precisarão preencher um formulário de controle de saúde no site ou no aplicativo Spain Travel Health antes da viagem, comprovando vacinação, anexando testes negativos para doença ou atestados que comprovem que a pessoa teve covid-19 e se recuperou da doença há no máximo 180 dias. Navios de cruzeiros  estarão autorizados a atracar nos portos do país desde que não excedam 75% da lotação máxima. Em 2019, a Espanha foi o segundo maior receptor de cruzeiros na Europa, com 10,8 milhões de passageiros. No caso das fronteiras terrestres, todas as pessoas maiores de seis anos procedentes de países ou áreas de risco devem apresentar um dos comprovantes citados. Os certificados devem ser redigidos em espanhol, inglês, francês ou alemão. Se isso não for possível, devem ser acompanhados de uma tradução para o espanhol feita por um órgão oficial. A Espanha também vai testar o certificado digital aprovado pelos 27 Estados-membros da União Europeia. Trata-se de um código QR que garante que o turista já foi vacinado, se recuperou da doença ou tem um teste negativo. O uso de máscara continua sendo obrigatório na Espanha mesmo ao ar livre, exceto nas praias, se os turistas respeitarem a distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas. Altamente dependente do turismo, a economia espanhola foi uma das mais atingidas pela pandemia em 2020, com uma queda de 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e redução de 77% nas entradas de estrangeiros no país em relação aos 83,5 milhões de visitantes em 2019. De janeiro e abril de 2021, o país recebeu apenas 1,8 milhão de turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.

Reino Unido mantém Espanha como área de risco

Principal origem dos turistas na Espanha, o Reino Unido decidiu na semana passada manter o país na lista de risco para covid-19, o que obriga os britânicos a cumprirem quarentena de ao menos cinco dias na volta ao país. O governo britânico não deve revisar essa decisão nas próximas três semanas, quebrando a expectativa dos espanhóis e lançando dúvidas sobre a meta do governo de receber 45 milhões de turistas ainda este ano. Os britânicos correspondem ao maior número de turistas estrangeiros da Espanha, em 2019, foram 18 milhões. Desde 24 de maio, as pessoas vindas do Reino Unido não precisam sequer apresentar um teste PCR negativo para entrar no país. A Espanha foi um dos países europeus mais afetados pela pandemia. No total, o país contabiliza 3,6 milhões de casos de covid-19 e mais de 80 mil mortes devido à doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
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