Ernesto Araújo coloca carreira em risco ao se dizer favorável ‘ao caos’

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Publicado Quarta, 28 de Dezembro de 2022 às 12:30, por: CdB

O ex-ministro comandou uma política externa alinhada e submissa aos Estados Unidos, quando os norte-americanos eram governados por Donald Trump, que, assim como Jair Bolsonaro (PL), questionou o resultado das eleições. Ambos foram criticados por violação de direitos humanos em seus países.

12h49 - de Brasília
Ex-ministro das Relações Exteriores, o diplomata Ernesto Araújo afirmou, em vídeo publicado nesta quarta-feira em uma rede social, que o Brasil "precisa mergulhar no caos para se livrar dele”, referindo-se ao terrorista que por pouco não explode um caminhão-bomba no Aeroporto de Brasília.
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O chanceler Ernesto Araújo foi acusado pela oposição de 'lambe-botas' dos Estados Unidos
— Se tivemos muita pressa para voltar à normalidade, a uma ordem do 'corruptariado', da bandidagem. Aí é que ele (o caos) não vai sair nunca mesmo — afirmou, certo de que será alvo de uma auditoria interna no Itamaraty, o que poderá lhe custar a carreira. Segundo o ex-chanceler, existe a tentação entre "a desordem e uma ordem estabelecida pelos bandidos, de repente é melhor a ordem dos bandidos”. — De repente você entra no sistema deles — afirmou Araújo.

Interferência

O ex-ministro comandou uma política externa alinhada e submissa aos Estados Unidos, quando os norte-americanos eram governados por Donald Trump, que, assim como Jair Bolsonaro (PL), questionou o resultado das eleições. Ambos foram criticados por violação de direitos humanos em seus países. Com o atual ocupante do Planalto e Araújo no Itamaraty, o governo brasileiro distanciou-se da China, segunda maior economia do mundo, e de países latino-americanos. No Brasil, Bolsonaro foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment, ao ser acusado de crimes como tentativa de interferência na Polícia Federal, estímulo a manifestações favoráveis a um golpe no País e crimes relacionados à pandemia do coronavírus. Envolvido em uma série de polêmicas, Araújo esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores de janeiro de 2019 a março de 2021.
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