A nossa resposta não pode nem deve ocorrer só nas urnas, a organização e a mobilização do povo são elementos-chave desse processo. Nós, os que percebemos além da realidade apresentada, sabemos que é preciso, junto ao povo, mostrar como ele pode transformar.
Por Rosana Alves - de São Paulo
“O comunista combate no dia-dia pelas tarefas políticas táticas de hoje e pelos objetivos revolucionários estratégicos de amanhã” Diógenes ArrudaA transformação
No entanto, a nossa resposta não pode nem deve ocorrer só nas urnas, a organização e a mobilização do povo são elementos-chave desse processo. Nós, os que percebemos além da realidade apresentada, sabemos que é preciso, junto ao povo, mostrar como ele pode transformar. Educar para a transformação significa estimular potencialidades, mas também estimular a eliminação de defeitos, vícios e deficiências. Ora, não sejamos ingênuos; a busca pela unidade não pode ser confundida com o pensamento único, em que nada nos ajuda a construir o partido revolucionário necessário como instrumento da revolução. Não existe dicotomia em estar presente nas lutas sociais e sindicais, estar presente no legislativo, nas associações de moradores, grêmios nos mais diversos movimentos e construir nossa educação revolucionária, organizando o partido revolucionário, capaz de conduzir as massas rumo à transformação das estruturas presentes.As reivindicações de classe
As pautas imediatistas podem complementar a luta dos revolucionários, mas nunca substituir as reivindicações de classe. Nesse momento, chegamos à máxima: “o movimento é tudo, o partido é nada”. Assistimos contemporaneamente a uma completa inversão de valores, vendidas como a concepção de mundo mais avançada e moderna, negando todas as experiências históricas que já nos foram oferecidas e praticamente nunca experimentadas, estimulando vaidades e fetichismos individualistas. Como uma vez disse um certo senhor, mas para mim o pensamento mais jovem de todos, “os comunistas lutam para atingir os objetivos e interesses imediatos da classe operária; mas ao mesmo tempo também defendem dentro do movimento atual o futuro desse movimento”. Educação, disciplina e coragem ajudam bastante nesses momentos.Rosana Alves, é professora, historiadora e pedagoga. Atualmente coordenadora pedagógica na rede Municipal de Ensino de São Paulo. Mestranda no Programa Filosofia e História da Educação - Faculdade de Educação Unicamp. Membro da direção Municipal PCdoB Capital -SP.
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