Entregadores de apps de Niterói realizam paralisação

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Publicado Sexta, 15 de Outubro de 2021 às 09:40, por: CdB

As principais reivindicações dos entregadores são a taxa mínima de R$ 8, hoje, o preço médio é de R$ 5,31; o fim dos bloqueios dos aplicativos por causa de clientes que dizem não ter recebido o pedido; a implementação do código de entrega para todos os aplicativos.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

As paralisações dos entregadores de aplicativos chegaram ao Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, trabalhadores dos municípios de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana, anunciaram que irão parar as atividades por melhores condições de trabalho.
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Entre as principais reivindicações dos entregadores está a taxa mínima de R$ 8
As principais reivindicações dos entregadores são a taxa mínima de R$ 8, hoje, o preço médio é de R$ 5,31; o fim dos bloqueios dos aplicativos por causa de clientes que dizem não ter recebido o pedido; a implementação do código de entrega para todos os aplicativos de maneira a confirmar que o pedido foi entregue e o fim das entregas combinadas de duas ou três rotas para somente um entregador. Simões, que atua há 20 anos como motoboy entre as cidades do Rio e Niterói, alega que com o preço do combustível atualmente o entregador paga para trabalhar -  em Niterói a gasolina comum, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), varia de R$ 6,29 a R$ 6,99 o litro -. – O principal problema é que hoje a gente paga pra trabalhar, porque temos o custo da moto, da gasolina, temos que estar disponíveis na rua, não temos um vale refeição, nem desconto de tantos por cento se você quiser almoçar no restaurante tal, durante o período em que você está online trabalhando. Os apps só tiram – contou ao Brasil de Fato.

Condição de trabalho piorou

O motoboy também pondera que desde quando começou a atuar no ramo das entregas até hoje, a condição de trabalho piorou muito. Para ele, o desemprego aumentou a procura de oportunidades no setor de delivery e, com isso, os postos de trabalho ficaram ainda mais precarizados. – Antigamente, trabalhar de motoboy era luxo, você fazia a sua rota, ganhava pelo frete, aluguel da moto, tinha o salário, ticket refeição, alimentação, tudo certinho e documentado. Agora entraram essas empresas que cobram  horário e tudo, mas você não tem vínculo nenhum com elas. A gente não está cobrando vínculo empregatício, mas faz uma diferença – comenta. A manifestação dos entregadores em Niterói foi marcada na Rua Mem de Sá, 150, no bairro de Icaraí.
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