Em depoimento à polícia, vítima de Zambelli diz que teme por sua vida e da família

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Publicado Domingo, 30 de Outubro de 2022 às 07:38, por: CdB

Em seu depoimento, Araújo explica que quando foi buscar seu carro na porta de um restaurante, de onde saía Zambelli e sua equipe, ouviu um dos integrantes do grupo gritar “Aqui é Tarcisio”. Em seguida, ele respondeu: “Amanhã é Lula, vocês vão perder.”

Por Redação, com Brasil de Fato - de São Paulo

Luan Araújo, de 32 anos, homem que foi atacado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que estava armada, na tarde de sábado, disse, em depoimento à Polícia Civil, que foi provocado pela equipe da parlamentar, antes de dar início à discussão, que teme por sua vida e de sua família.
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Luan Araújo (esq) com sua equipe de advogados: Sheila Carvalho (centro) e Dora Cavalcanti, do Grupo Prerrogativas, além de Renan Bohus, advogado criminalista (dir)
A declaração de Araújo está no Termo de Declarações, que o Brasil de Fato teve acesso com exclusividade. O depoimento foi prestado na 78° Delegacia de Polícia, nos Jardins, Zona Sul de São Paulo, e durou quase duas horas. Por volta de 23h30, quando saía da DP, Araújo, que é jornalista, falou brevemente com a imprensa. “Eu sou uma pessoa preta e periférica e apontaram uma arma para mim. A única coisa que eu pensava era na minha mãe.”

Violência política

Em seu depoimento, Araújo explica que quando foi buscar seu carro na porta de um restaurante, de onde saía Zambelli e sua equipe, ouviu um dos integrantes do grupo gritar “Aqui é Tarcisio”. Em seguida, ele respondeu: “Amanhã é Lula, vocês vão perder.” Ainda de acordo com o depoimento de Araújo, quando ele já estava dentro da lanchonete, cercado pela equipe de Zambelli e com uma arma apontada para seu corpo, um dos assessores da parlamentar tentou levá-lo para o banheiro alegadamente para conversar, mas ele não consentiu. Após Araújo, Zambelli foi levada para prestar depoimento e, até o fechamento desta matéria, este não havia acabado. No início da madrugada de domingo, foi decretada a prisão de um dos pistoleiros que trabalhava como segurança para a deputada.  
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