Economistas veem alta de 0,50 p.p. nos juros e pioram o PIB

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Publicado Segunda, 27 de Julho de 2015 às 10:06, por: CdB

Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00%
A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75% -- caiu a 14,25%, sobre 14,50% anteriormente. No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia. Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro. Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00%. Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para R$8,747 bilhões, ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 %e 1,3% do PIB. Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% pelo IPCA até o fim de 2016. Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23%, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40%. Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59%, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9% pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25%. O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76%, contra queda de 1,70% na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20%. Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37% do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50%, contra 38,35%.

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