Donetsk: bombardeio de tropas da Ucrânia gera incêndio em depósito de petróleo

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Publicado Terça, 26 de Julho de 2022 às 08:44, por: CdB

Um incêndio irrompeu em um depósito de petróleo no distrito de Budennovsky, na República Popular de Donetsk (RPD), na madrugada desta terça-feira, pouco após a região ser bombardeada por forças ucranianas.

Por Redação, com Sputnik - de Kiev

Segundo informou um correspondente da Ria Novosti, tanques com combustível queimaram, enquanto equipes de emergência se dirigiam para o local.

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Bombardeio de tropas ucranianas em Donetsk resulta em incêndio em depósito de petróleo

Um incêndio irrompeu em um depósito de petróleo no distrito de Budennovsky, na República Popular de Donetsk (RPD), na madrugada desta terça-feira, pouco após a região ser bombardeada por forças ucranianas.

O ataque foi alertado pelo escritório de representação da RPD, no Centro Conjunto de Controle e Coordenação de Cessar-fogo (JCCC, na sigla em inglês).

Segundo informou um correspondente da Ria Novosti, tanques com combustível queimaram, lançando uma nuvem de fumaça no ar, enquanto equipes de emergência se dirigiam para o local. Não foi confirmado se houve feridos em decorrência das chamas.

Donetsk foi alvo de intensos ataques por parte de tropas ucranianas nesta madrugada. Houve bombardeios e ataques a tiros nos distritos de Kuibyshevsky e Kirovsky.

Mais cedo, o coronel-general Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia, alertou para um ataque químico na RPD, planejado por forças ucranianas, no intuito de culpar a Rússia.

Destruição de cidades

Ao patrocinar a continuação de hostilidades por parte de Kiev, a União Europeia (UE) deve compartilhar a responsabilidade pela morte de pessoas e pela destruição de infraestrutura na Ucrânia, segundo disse Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, na segunda-feira.

Porém, segundo ela, qualquer tentativa por parte de países ocidentais de alcançar a vitória no campo de batalha é um caminho para o abismo tanto para Kiev quanto para Bruxelas.

Os comentários vieram na esteira da alocação da UE de outros 500 milhões de euros (cerca de R$ 2,8 bilhões) ao fornecimento de armas à Ucrânia.

– Ao fornecer armas e equipamentos militares aos ucranianos, a UE continua a investir em novas hostilidades. Quaisquer tentativas de obter uma 'vitória no campo de batalha' são um caminho direto para o abismo, tanto para Kiev quanto para Bruxelas – disse Zakharova em comunicado.

A alocação de dinheiro ao fornecimento de armas indica a total falta de vontade da UE em promover um acordo político de paz na Ucrânia, acrescentou.

– Durante o pouco mais de um ano de existência do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz [MEAP], que, dado seu uso para o fornecimento de armas, é mais correto chamar de 'instalação de guerra', 2,5 bilhões de euros (R$ 13,7 bilhões) já foram gastos no armamento da Ucrânia, ou quase metade do seu orçamento calculado até 2027. Assim, os patrocinadores da UE devem ter a mesma responsabilidade pelos crimes de guerra cometidos pelas Forças Armadas ucranianas e batalhões nacionalistas; pela morte de civis, mulheres, idosos e crianças; e pela destruição de infraestruturas civis, incluindo pontes, tal como o regime de Kiev – observou Zakharova.

A União Europeia, enquanto continua a fornecer armas à Ucrânia, faz vista grossa para a corrupção total das autoridades de Kiev, disse Zakharova.

– Nos últimos cinco meses de bombardeio ininterrupto da Ucrânia com armas fornecidas pelo Ocidente, eles tentaram abafar a verdade inconveniente sobre os riscos sem precedentes dessa política para a segurança interna da UE e seus cidadãos. Eles fizeram vista grossa à corrupção total das autoridades de Kiev. Tudo foi sacrificado às ambições de líderes individuais da UE e seus Estados-membros de infligir o máximo de dano possível à Rússia – disse.

Ela enfatizou que agora a Europol, agência de aplicação da lei da UE, deve admitir abertamente que as armas fornecidas à Ucrânia surgem em países europeus e reabastecem os arsenais do crime organizado local.

– Não é por acaso que, em 11 de julho, foi lançado na Moldávia o centro de apoio da UE para a cooperação em segurança interna e gestão de fronteiras, do qual uma das principais tarefas é impedir o contrabando de armas e migrantes para a União Europeia – concluiu Zakharova.

Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou uma operação militar especial para desnazificação e desmilitarização da Ucrânia que, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, visa defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte das autoridades de Kiev.

De acordo com Putin, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da Rússia. Somente a infraestrutura militar ucraniana está sob a mira das tropas russas.

As forças aliadas já libertaram por completo a República Popular de Lugansk (RPL) e uma grande parte da República Popular de Donetsk (RPD), incluindo cidades desta como Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk.

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