Jared Kushner vai liderar equipe de especialistas do setor privado que será encarregada de tornar a administração mais eficiente. "O governo deve ser conduzido como uma grande empresa", declara
Por Redação, com DW - de Washington:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai dar a seu genro, Jared Kushner, o comando de um escritório de inovação dentro da Casa Branca, responsável por otimizar a ação governamental com ideias vindas do mundo dos negócios. Isso inclui, segundo noticiou o Washington Post, a possível privatização de algumas funções do governo.
A equipe que apoiará Kushner será constituída de ex-diretores do setor privado. Encarregados de oferecer novas ideias ao governo. "O governo deve ser conduzido como uma grande empresa norte-americana. Esperamos alcançar melhorias para os nossos clientes, que são os cidadãos", declarou o genro de Trump ao jornal.
O Escritório de Inovação da Casa Branca deverá eliminar burocracias e ajudar a cumprir promessas de campanha. Como a reforma do atendimento aos veteranos de guerra, o combate ao vício em opiáceos e melhorar a infraestrutura de dados do governo. Segundo o Washington Post.
– Eu prometi ao povo norte-americano que iria mostrar resultados e aplicar ao governo a minha mentalidade de estar 'à frente do cronograma e aquém do orçamento' – afirmou Trump, em declaração ao jornal. O principal assessor de Trump, Steve Bannon, não fará parte da nova equipe.
Kushner, de 36 anos, é um alto conselheiro do presidente e marido de sua filha Ivanka, que há uma semana ganhou seu próprio escritório na Casa Branca, com acesso a informações confidenciais e um telefone governamental. Auxiliares disseram que ela vai colaborar com o escritório de Kushner, mas sem ter um cargo oficial. Inicialmente havia sido descartado que Ivanka fosse ganhar uma função na Casa Branca.
Investigação sobre a Rússia
Também nesta segunda-feira, o jornal The New York Times noticiou que o Comitê de Inteligência do Senado pretende ouvir Kushner no âmbito da investigação sobre as relações entre pessoas ligadas a Trump e a Rússia. Kushner, que trabalhou na campanha do sogro, será a pessoa mais próxima a ele a ser questionada sobre o papel desempenhado pela Rússia na eleição presidencial de 2016.
O comitê pretende ouvi-lo sobre dois encontros. Um deles foi com o embaixador russo, Serguei Kislyak, e ocorreu em dezembro, no edifício Trump Tower. O outro foi com o chefe do banco de desenvolvimento da Rússia, o Vnesheconombank, afirmou o New York Times. O banco foi alvo de sanções do governo do ex-presidente Barack Obama em 2014, depois da anexação da Crimeia pela Rússia.