Publicado Quarta, 04 de Setembro de 2019 às 10:24, por: CdB
O dólar se desvalorizava em relação à maioria de seus rivais, incluindo moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano e lira turca.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O dólar mostrava forte queda frente ao real nesta quarta-feira, em dia de apetite por risco no exterior, com dados econômicos positivos da China e Europa atenuando temores de uma forte desaceleração da economia global.
Às 11:55, o dólar recuava 1,52%, a R$ 4,1162 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana teve ligeira queda de 0,09%, a R$ 4,1798 na venda. Na B3, o dólar futuro recuava 1,25%, a R$ 4,1220.
O dólar se desvalorizava em relação à maioria de seus rivais incluindo moedas emergentes pares do real
Para o analista de câmbio da Correparti Corretora Ricardo Gomes da Silva Filho, o mercado desfrutava de uma leitura pontual mais positiva do quadro econômico mundial, apesar da cautela quanto às negociações comerciais entre EUA e China ainda se mostrar presente.
- Muita tensão foi acumulada nas últimas semanas, e o investidor finalmente viu uma luz no fim do túnel. Ainda há muita incerteza sobre o comércio mundial, dada as tensões entre EUA e China e os desdobramentos do Brexit, mas, momentaneamente, tudo parece estar bem - disse.
Nesta quarta-feira, dados econômicos chineses mostraram que a atividade no setor de serviços do país se expandiu no ritmo mais rápido em três meses em agosto, enquanto na Alemanha a atividade empresarial permaneceu robusta.
O dólar se desvalorizava em relação à maioria de seus rivais, incluindo moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano e lira turca. Contra uma cesta de moedas, o dólar recuava 0,45%, a 98,556.
Também permaneciam no radar as questões envolvendo a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), depois que o Parlamento britânico derrotou o primeiro-ministro, Boris Johnson, e deve votar pelo adiamento do Brexit, trazendo esperanças de que a separação seja mais amigável do que o temido.
No cenário doméstico, o BC vendeu todos os US$ 580 milhões em moeda física nesta quarta-feira e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados —nos quais assume posição comprada em dólar.
Ibovespa
O principal índice da bolsa paulista subia mais de 1% nesta quarta-feira, favorecido pelo viés positivo no cenário externo, com as ações da Petrobras entre os principais ganhos na esteira do avanço dos preços do petróleo.
Às 11:35, o Ibovespa subia 1,13 %, a 100.802,96 pontos. O volume financeiro somava 3,716 bilhões de reais.
Em Wall Street, dados econômicos chineses melhores atenuavam preocupações com a desaceleração global, com o S&P 500 valorizando-se 0,56%, movimento já demonstrado na Europa, onde o FTSEurofirst 300 subia 0,77%.
A atividade no setor de serviços da China se expandiu no ritmo mais rápido em três meses em agosto, com o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da Caixin/Markit subindo a 52,1.
Na pauta local, a equipe da Ágora Investimentos chama a atenção para a análise da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, “no que pode ser visto como uma sinalização antes do texto seguir para o plenário da casa”.
Caso aprovada na quarta-feira pela comissão, a PEC paralela da reforma, assim como a PEC principal da reforma da Previdência, sairá da comissão como uma proposta autônoma e já chegará ao plenário com a sua admissibilidade chancelada.