Doenças evitáveis por vacinação aumentam na União Europeia

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Publicado Segunda, 22 de Abril de 2024 às 14:09, por: CdB

A iniciativa, da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, realizada no domingo até o dia 27, visa "celebrar os sucessos e a capacidade da vacinação em manter várias gerações protegidas contra doenças evitáveis, permitindo vidas mais plenas e saudáveis".


Por Redação, com Lusa e ABr - Estocolmo/Brasília


As doenças evitáveis por vacinação estão aumentando nos países da União Europeia (UE) e do Espaço Econômico Europeu (EEE), alertou nesta segunda-feira o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) no âmbito da Semana Europeia da Vacinação.




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Alerta é do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças

A iniciativa, da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, realizada no domingo até o dia 27, visa "celebrar os sucessos e a capacidade da vacinação em manter várias gerações protegidas contra doenças evitáveis, permitindo vidas mais plenas e saudáveis".


– É desanimador ver que, apesar de décadas de um histórico bem documentado de segurança e eficácia das vacinas, os países da UE/EEE [Noruega, Islândia e Liechtenstein] e em nível mundial ainda enfrentam surtos de várias doenças evitáveis por vacinação – afirmou a diretora do ECDC, Andrea Ammon, citada em comunicado da agência europeia.


Dados divulgados hoje pelo ECDC mostram que doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a tosse convulsa, têm aumentado após a diminuição dos níveis durante a pandemia de covid-19, acrescentando que "alcançar e manter uma elevada taxa de vacinação, vigilância de doenças e ações de resposta rápida para controlar surtos continuam a ser as principais ações contra essas doenças".


O número de casos de sarampo começou a aumentar em 2023 e a tendência manteve-se em vários Estados-Membros da UE, tendo sido notificados entre março de 2023 e o final de fevereiro de 2024, "pelo menos 5.770 casos, incluindo pelo menos cinco mortes".


Levando em conta a facilidade com que o sarampo se espalha, o ECDC considera essencial que 95% da população tenham sido imunizados com duas doses da vacina para interromper a transmissão.


Em relação à tosse convulsa, dados preliminares indicam aumento de mais de 10 vezes nos casos em 2023 e 2024 em comparação com 2022 e 2021, diz o comunicado.


O ECDC defende que são "essenciais esforços contínuos para identificar lacunas de imunidade na população", pedindo um "trabalho adicional" para "garantir que ninguém seja deixado para trás, especialmente entre as populações vulneráveis e desfavorecidas, como refugiados, migrantes, requerentes de asilo e outros grupos".



Apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe


Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe. Até o momento, 14,4 milhões de doses foram aplicadas para uma população-alvo de 75,8 milhões de pessoas. A campanha de vacinação começou oficialmente no dia 25 de março.


– A partir de agora, a expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários – disse, na ocasião, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.


Os estados com as menores porcentagens da população vacinada são o Distrito Federal (13,78%), Mato Grosso do Sul (14,18%), Mato Grosso (14,36%), Bahia (14,92%) e Rio de Janeiro (17,76%).


Em 2024, a vacinação contra a influenza acontecerá no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto no Norte será no segundo semestre. A mudança na estratégia, desde 2023, busca atender às particularidades climáticas da região, que inicia no período do Inverno Amazônico, quando há maior circulação viral e de transmissão da gripe.


Neste ano, a composição da vacina é destinada a proteger contra a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.




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