E essa agora. O ditador do Iêmem, Ali Saleh, que "ganhou" um salvo conduto e imunidade, aprovados no Parlamento, vai se tratar nos Estados Unidos. Promete voltar para presidir seu partido, o Congresso Popular Geral.
Estamos diante de mais uma do país que se apresenta como paladino dos direitos humanos. Os Estados Unidos vêm sustentado, até o último momento, o ditador de Bareim e as monarquias do golfo, como a da Arábia Saudita, que enviou tropas para sufocar a rebelião em Bareim. Os monarcas sauditas fizeram mais: mandaram um avião para transportar Saleh, contra a vontade de seu povo, que foi massacrado nas ruas, mas não parou de lutar.
Agora o mesmo povo iemenita tem que engolir a farsa montada pelos que se apresentam como defensores da liberdade e da democracia quando apenas defendem seus interesses imperiais, antes coloniais.
Mas o povo não perdoou seu ditador pelos crimes e massacres. Basta lembrar que em Saná, capital do Iêmem, manifestantes saíram às ruas neste final de semana para denunciar a farsa da imunidade dada ao ditador, que segue com o título de presidente honorário até as eleições de 21 de fevereiro.