A desidratação acelerada do partido, que foi a termo durante encontro com 46 prefeitos em Fortaleza, na terça-feira, reacendeu os debates e trocas de acusações entre os grupos antagonistas liderados por Ciro e Cid. A saída mais recente inclui aliados do senador, como Ivo Gomes, prefeito de Sobral e irmão de ambos, assim como a deputada estadual Lia Gomes.
Por Redação - de Fortaleza
A briga política entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, dois ícones da política cearense, atingiu um novo patamar de tensão no Partido Democrático Trabalhista (PDT). O ápice da crise se manifestou com a desfiliação de 43 prefeitos do Estado, somando-se a 18 parlamentares, dez chefes municipais e dois filiados sem mandato, totalizando 73 baixas desde o início da disputa.
A desidratação acelerada do partido, que foi a termo durante encontro com 46 prefeitos em Fortaleza, na terça-feira, reacendeu os debates e trocas de acusações entre os grupos antagonistas liderados por Ciro e Cid. A saída mais recente inclui aliados do senador, como Ivo Gomes, prefeito de Sobral e irmão de ambos, assim como a deputada estadual Lia Gomes.
Eleições
O grupo dissidente contesta as diretrizes do PDT nacional, liderado pelo aliado de Ciro, o deputado federal André Figueiredo. A escalada da crise começou após uma reunião que culminou em uma briga e ofensas entre os irmãos Gomes. O objetivo inicial era encerrar o conflito relacionado ao diretório cearense.
Cid Gomes denuncia perseguição nos desacordos com o diretório nacional. Na semana passada, obteve uma vitória judicial que devolveu o controle do PDT cearense ao seu grupo. Em resposta, o presidente do PDT, ligado a Ciro, ameaçou iniciar um processo de expulsão do senador. Em retaliação, os prefeitos abandonaram a agremiação partidária.
A ameaça de expulsão de Cid irritou Carlos Lupi, disseram interlocutores. Ele deixou a Presidência do partido para assumir o Ministério da Previdência. O cenário preocupa a cúpula do PDT, especialmente considerando as eleições legislativas do ano que vem.