Não é novidade que o desgoverno de Jair Bolsonaro e sua base fundamentalista no Congresso Nacional atuam para acabar com a educação pública. Contraditoriamente apoiam o ensino domiciliar e defendem o retorno às aulas presenciais mesmo em meio ao grande número de mortes e contágios pelo coronavírus.
Por Francisca Rocha - de São Paulo
Não é novidade que o desgoverno de Jair Bolsonaro e sua base fundamentalista no Congresso Nacional atuam para acabar com a educação pública. Contraditoriamente apoiam o ensino domiciliar e defendem o retorno às aulas presenciais mesmo em meio ao grande número de mortes e contágios pelo coronavírus.A pandemia
A pandemia evidenciou a desigualdade social e educacional no país e os conservadores agora se mostram tão preocupados com os mais pobres, que estão sem acesso à educação e sem comida. Mas quando têm que votar projeto a favor de um auxílio emergencial condizente de ao menos R$ 600 para todas as pessoas necessitadas se omitem. Também se omitem sobre a violência contra crianças e jovens, pois defendem o castigo como método pedagógico. Por isso, além da educação domiciliar castradora defendem a escola cívico-militar da mesma forma repressiva e impeditiva do pensamento crítico, tão necessário ao progresso humano. O movimento educacional se mobiliza pela valorização da educação pública como direito constitucional das crianças e adolescentes, assim como um direito humano de todas e todos. Para isso, lutamos por mais investimentos na educação pública, com valorização dos profissionais, liberdade, diálogo, autonomia curricular, respeito às professoras e professores, piso salarial empoderado e estruturação das escolas com biblioteca, laboratório de ciência, quadras esportivas, material adequado e suficiente para as aulas, enfim uma escola democrática, inclusiva e com qualidade social. Para tudo isso existir, fora Bolsonaro.Francisca Rocha, é secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), secretária de Saúde da Confederação Nacionaldo Trabalhadores na Educação (CNTE) e dirigente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB-SP).
As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil