Desfile das campeãs de SP é prejudicado pela chuva

Além de danificar carros e fantasias, a chuva que caiu na noite de sexta-feira também trouxe muitos prejuízos ao Desfile das Campeãs, no carnaval paulistano. Trinta ônibus cheios de componentes da Escola Camisa Verde e Branco, que se apresentaria por volta de 1 hora, ficaram presos na Avenida Braz Leme, em Santana, zona norte, que ficou quase totalmente alagada. "O pessoal da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) precisou de ir à Braz Leme liberar o pessoal. Os ônibus vieram para cá, na contramão, de qualquer jeito...", contou a presidente da escola, Magali dos Santos. Com isso, a Escola Rosas de Ouro, que sairia depois da Camisa, entrou na avenida antes da agremiação da Barra Funda. Mesmo assim, a Rosas de Ouro entrou com um atraso de uma hora e meia na passarela do samba. Metade da sua bateria também ficou retida pela chuva e só chegou ao sambódromo em cima da hora do desfile. O mesmo ocorreu com a Vai-Vai, cujos integrantes também chegaram em cima da hora da apresentação. A escola que mais levantou a arquibancada foi mesmo a campeã, Gaviões da Fiel. O público cantava o enredo da escola durante toda a apresentação. As pessoas que estavam no Camarote Gold entraram na pista, já por volta das 7 horas, quando acabava o desfile, para sambar junto com a escola. Ninguém foi retirado pela segurança. Ao final, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Robson de Oliveira, fez um balanço favorável do carnaval de São Paulo, e rebateu as críticas do prefeito do Rio, César Maia (PFL), à festa paulista. "O prefeito César Maia disse que as escolas do Grupo B do Rio equivalem às do Grupo Especial de São Paulo. Acho que ele devia se preocupar mais com a segurança de sua cidade, que alcançou altos índices de violência durante a festa." Oliveira também se defendeu das acusações de ter manobrado o regulamento para permitir que a Camisa Verde e Branco permanecesse no Grupo Especial. "Tudo o que eu faço é para tentar garantir o melhor carnaval para a cidade."