Desemprego cresce, mas é o menor para o período desde 2015

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Publicado Sexta, 28 de Abril de 2023 às 15:17, por: CdB

“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, lembra a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, em relatório.


Por Redação - do Rio de Janeiro

A taxa média de desemprego ficou em 8,8% no primeiro trimestre. Embora tenha crescido em relação a dezembro, é a menor para o período desde 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há um ano, estava em 11,1%.

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O desemprego segue alto, os empregos criados são de baixíssima qualidade


O número de desempregados foi estimado em 9,432 milhões. São 860 mil a mais no trimestre (crescimento de 10%) e 2,517 milhões a menos em 12 meses (queda de 21,1%). Já os ocupados são 97,825 milhões (-1,6% e 2,7%, respectivamente).

“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, lembra a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, acrescenta o relatório.

Desalentados


Os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais, somam 21,575 milhões. Esse número fica estável na comparação trimestral, mas cai 19,5% em relação a 2022. A população fora da força de trabalho é estimada em 66,972 milhões (altas de 1,6% e 2,3%).

Por sua vez, os desalentados são agora 3,871 milhões. Quantidade estável em relação a dezembro e com queda de 15,7% na comparação anual. Eles representam 3,5% da força de trabalho.

Em relação à situação no mercado, os empregados com carteira assinada no setor privado são 36,7 milhões, número estável no trimestre e 5,2% maior em um ano (acréscimo de 1,8 milhão). Já os sem carteira (12,8 milhões) caem 3,2% ante dezembro e crescem 4,8% (mais 590 mil) em um ano. E os trabalhadores por conta própria somam 25,193 milhões, com estabilidade nas duas comparações.

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