Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Desabamento de centro esportivo mata uma pessoa no RS

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Quinta, 16 de Novembro de 2023 às 13:23, por: CdB

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o temporal que atingiu a cidade também causou estragos em cerca de 100 imóveis, boa parte deles foi destelhada pelos fortes ventos que causaram a queda do complexo Splendor Sports.


Por Redação, com ABr - de Brasília


O desabamento de um centro esportivo da cidade de Giruá, no noroeste do Rio Grande do Sul, matou uma jovem de 26 anos de idade e feriu ao menos outras 60 pessoas, na noite de quarta-feira.




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O desabamento de um centro esportivo da cidade de Giruá, no noroeste do Rio Grande do Sul

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o temporal que atingiu a cidade também causou estragos em cerca de 100 imóveis, boa parte deles foi destelhada pelos fortes ventos que causaram a queda do complexo Splendor Sports.


Cerca de 60 pessoas estavam no local quando, por volta das 21h10, a estrutura cedeu e o telhado de zinco veio abaixo. Entre as pessoas atingidas pelos destroços estava a fisioterapeuta Isabeli Soardi, que não resistiu aos ferimentos.


A prefeitura decretou luto oficial de três dias em virtude da morte da giruaense. Na manhã desta quinta-feira, o prefeito Ruben Weimer também decretou situação de emergência municipal. Assinado esta manhã, o decreto ainda será publicado, formalizando o reconhecimento, pela prefeitura, da necessidade do município receber ajuda estadual e federal para restabelecer a normalidade.


Ainda de acordo com a assessoria da prefeitura, desde outubro a cidade vem sendo atingida por um volume atípico de chuvas, o que dificulta a execução de reparos na infraestrutura municipal atingida, fazendo com que os estragos se avolumem.


Não há registros de munícipes desalojados ou desabrigados, mas a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros teve que providenciar lonas para as famílias cujas casas foram destelhadas. Devido à queda de postes, o fornecimento de energia elétrica para parte da região norte da cidade foi interrompido. Os ventos também derrubaram árvores que chegaram a interditar, parcial ou integralmente, o trânsito de veículos.


– O momento está difícil para Giruá – comentou o prefeito Ruben Weimer, em uma mensagem de áudio. “A cidade foi atingida por este vendaval; esta quadra esportiva foi atingida (e este foi) o maior dano. Havia uma concentração de pessoas lá, fazendo suas práticas esportivas, com suas famílias, e várias delas foram atingidas (pelos escombros)”, acrescentou o prefeito, detalhando que duas vítimas com ferimentos mais graves tiveram que ser transportadas para hospitais de cidades vizinhas. “O que mais lamentamos é a morte desta menina de 26 anos, querida por toda a comunidade.”


Em sua página no X (antigo Twitter), o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, lamentou a ocorrência desta quarta-feira. “Lamentavelmente, tivemos mais um evento climático no Rio Grande do Sul. Minha solidariedade às famílias do município de Giruá que foram atingidas pelo temporal. Este é um ano difícil para nosso estado, que exige de nós união e sensibilidade. O governo federal continua no trabalho de apoio ao povo gaúcho.”


Chuvas persistentes e volumosas


Desde julho deste ano, quando choveu, na capital gaúcha, Porto Alegre, 32% acima da média histórica para o mesmo mês, todo o Rio Grande do Sul vem registrando a ocorrência de chuvas persistentes e volumosas. A situação se agravou a partir de setembro. Só entre os dias 21 e 28 de setembro, 51 cidades contabilizaram prejuízos causados por ocorrências climáticas como tempestades, granizo, inundações e enxurradas que, só no período, forçaram 1.635 pessoas a deixarem suas residências e, temporariamente, se alojarem nas casas de parentes, amigos ou em hotéis e pousadas. Outras 624 pessoas que não tinham para onde ir tiveram que ir para abrigos municipais ou de instituições de caridade.


Na última terça-feira, o Fundo Estadual de Defesa Civil aprovou a liberação de R$ 60 milhões para municípios gaúchos atingidos por desastres naturais entre 4 de setembro e 1º de novembro. Do total, R$ 400 mil estão reservados para cidades em situação de emergência declarada ou homologada pelo governo estadual. Os outros R$ 600 mil, para municípios com estado de calamidade pública.




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