A CPI da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga o envio de cerca de US$ 33,4 milhões em verbas públicas para contas na Suíça suspendeu seus trabalhos pelo não comparecimento de cinco testemunhas. Entre elas, Silvana Dionísio Silveirinha Corrêa, mulher do fiscal Rodrigo Silveirinha, a primeira convocada para depor esta tarde. O advogado Clóvis Sahione enviou à CPI um ofício informando sobre o não comparecimento para depor das cinco testemunhas que estavam agendadas para hoje. O advogado utiliza o Artigo 206 do Código Penal, alegando que as testemunhas poderão recusar-se a prestar depoimento por possuir laços sangüíneos ou afetivo com os acusados. Iriam prestar depoimento, além de Silvana, Sylvio Picanço Netto e Leila Machado Picanço, filho e mulher do fiscal Lúcio Manoel Picanço, Andréia Martins Gonçalves, mulher de Rômulo Gonçalves, e Mário Sérgio Pereira Ramos, irmão de Carlos Eduardo Pereira Ramos. O presidente da CPI, deputado Paulo Melo, afirmou que a Comissão vai reconvocar as cinco testemunhas para um novo depoimento, mas agora como co-investigados. De acordo com o deputado, os parentes dos fiscais acusados de envio ilegal de dinheiro para contas na Suíça poderão até se recusar a falar, mas terão que comparecer à CPI e, só assim, utilizar o direito de só falar em juízo. O deputado destacou ainda que o documento apresentado pela defesa dos acusados será analisado pelo Procurador Geral da Alerj, João Batista Corrêa de Melo, que emitirá um parecer para reconvocar as testemunhas.
Rio de Janeiro, Segunda, 29 de Abril de 2024
Depoentes não comparecem e CPI do Propinoduto suspende os trabalhos
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Publicado Segunda, 14 de Abril de 2003 às 10:06, por: CdB
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