Democratas ameaçam paralisação se Trump insistir em construir muro

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Publicado Segunda, 11 de Março de 2019 às 10:23, por: CdB

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México.

Por Redação, com EFE e Reuters - de Washington

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram no domingo ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México na sua próxima proposta orçamentária provocaria uma nova paralisação do governo.
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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
– O presidente Trump prejudicou milhões de norte-americanos e gerou um caos generalizado quando de maneira imprudente paralisou o governo para tentar desenvolver seu caro e ineficaz muro. O mesmo acontecerá de novo se insistir – disseram em comunicado a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.

Orçamento de Trump para 2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira ao Congresso que reduza os custos com ajuda ao exterior e aumente os gastos com os militares e para um muro que quer construir na fronteira com o México, disse um funcionário do governo a repórteres. O orçamento elevaria os gastos com defesa em 4 por cento, para US$ 750 bilhões, afirmou a autoridade sob anonimato, enquanto reduziria a ajuda externa em US$ 13 bilhões. Ao longo de uma década, o projeto cortaria US$ 1,9 trilhão de gastos obrigatórios por meio de reformas propostas, disse.

Famílias separadas na fronteira

Em um golpe à estratégia da administração Trump para a fronteira entre Estados Unidos e México, um juiz federal da Califórnia expandiu o número de famílias de imigrantes separadas na fronteira que o governo precisa reunir. O juiz Dana Sabraw, do Tribunal Distrital de San Diego, emitiu, no final da sexta-feira, uma decisão preliminar que potencialmente expande a milhares o número de imigrantes incluídos em um processo de ação de classe iniciado pela União Americana de Liberdades Civis. Sabraw havia ordenado a administração Trump, ano passado, a reunir mais de 2,8 mil crianças imigrantes que foram separadas de seus pais na fronteira entre EUA e México, sob a política de “tolerância zero” da administração. Mas ele permitirá que mais famílias separadas juntem-se à ação de classe, depois que um relatório emitido em janeiro, pelo inspetor-geral do Departamento Americano de Serviços Humanos e de Saúde, identificou potencialmente milhares de outras famílias que haviam sido separadas a partir de 1º de julho de 2017. A política de “tolerância zero” da administração não se tornou efetiva até maio de 2018. – A marca de uma sociedade civilizada é medida por como ela trata seu povo e aqueles em suas fronteiras – disse Sabraw, em sua decisão. Sabraw afirmou que o relatório era um “desdobramento importante neste caso” e que o seu conteúdo é “indiscutível”.
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