Rio de Janeiro, 28 de Setembro de 2024

Delegações deixam sala das Nações Unidas durante discurso de Netanyahu

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Sexta, 27 de Setembro de 2024 às 12:24, por: CdB

O líder israelense disse que decidiu vir à ONU após ouvir ‘mentiras’ e ‘calúnias’; o plenário, já esvaziado, ficou ainda mais vazio quando ele subiu ao púlpito.

Por Redação, com CartaCapital – de Nova York

Representantes de delegações de diferentes países deixaram nesta sexta-feira a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no início do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

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Representantes de delegações de diversos países deixam o plenário da Assembleia Geral da ONU no início do discurso do líder israelense

O discurso do líder israelense era o mais aguardado desta sexta, quarto dia do evento, e havia grande expectativa por protestos. O plenário não estava plenamente ocupado e ficou ainda mais vazio quando ele subiu ao púlpito para falar.

Quando Netanyahu foi anunciado, houve frisson. Ele foi recebido por aplausos e vaias de representantes dos demais países. O presidente da assembleia chegou a pedir ordem enquanto líderes se levantavam, davam as costas e se retiravam do local.

Ao falar em nome de seu país, Netanyahu disse que não queria comparecer ao evento. “Meu país está em guerra, brigando por sua vida. Mas ouvi mentiras e calúnias sobre meu país neste púlpito e decidi vir aqui esclarecer as coisas”, disse.

Presidente da Colômbia chama Netanyahu de ‘criminoso’

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “criminoso” pelo que descreveu como o “genocídio em Gaza”, durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU na terça-feira.

No mundo existe uma lógica “de destruição em massa, desencadeada na crise climática e na lógica das bombas que um criminoso como Netanyahu lança sobre Gaza”, declarou o presidente de esquerda, um forte crítico do governo de Israel, em Nova York.

– Netanyahu é um herói para o 1% mais rico da humanidade, porque é capaz de mostrar que os povos se destroem sob as bombas – insistiu Petro, que rompeu relações diplomáticas com Israel em maio.

Na terça-feira, a Assembleia da ONU foi dominada pelo receio de uma guerra regional no Oriente Médio, após a intensificação da escalada militar entre o Exército israelense e o movimento islamista pró-iraniano Hezbollah no Líbano.

Em seu discurso, Petro criticou o fato de as guerras não acabarem e de não serem tomadas ações contra a crise climática.

– Se pedimos que a dívida seja trocada pela ação climática, as minorias poderosas não nos ouvem. Se pedimos que parem as guerras para se concentrarem na rápida transformação da economia mundial, para salvar a vida e a espécie humana, também não escutam – disse Petro, com um distintivo no terno da COP16, a conferência sobre biodiversidade que a Colômbia sediará dentro de um mês.

– É o poder de destruição da vida que dá volume à voz nas instalações das Nações Unidas e reúne a maioria dos seus representantes – queixou-se o presidente colombiano.

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