Cubanos vão às ruas na defesa da Revolução, em resposta aos EUA

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Publicado Sábado, 17 de Julho de 2021 às 13:39, por: CdB

O sol ainda nascia no Malecón quando começaram a chegar os primeiros participantes do ato público, às 5h30 no horário local (6h30 em Brasília). A marcha pela avenida costeira teve início às 7h (8h em Brasília).

Por Redação, com Granma e Opera Mundi - de Havana
Mais de 100 mil cubanos participam, desde as primeiras horas deste sábado, de uma manifestação em um dos cartões-postais de Havana, em defesa da Revolução Cubana, como resposta às recentes intervenções assimétricas do governo norte-americano no país vizinho. Entre os presentes, estavam o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o revolucionário Raúl Castro, irmão do líder cubano Fidel Castro, morto em 25 de novembro de 2016.
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O dia nascia, neste sábado, e o Malecón já estava tomado de manifestantes em defesa da Revolução Cubana

‘Infâmias e ódio’

O sol ainda nascia no Malecón quando começaram a chegar os primeiros participantes do ato público, às 5h30 no horário local (6h30 em Brasília). A marcha pela avenida costeira teve início às 7h (8h em Brasília). Segundo o site cubano de notícias Cubadebate, atos similares aconteceram na maioria das cidades, em toda a extensão da Ilha. O presidente Díaz-Canel discursou no início do evento e afirmou que a reunião não acontecia ali “por capricho”. Ele pediu o fim do que chamou de “mentiras, infâmias e ódio”. — Cuba é profundamente alérgica ao ódio, e nunca será terra de ódio. Não se constrói nada bom a partir do ódio. Experimentamos (o ódio) nestes dias nas redes sociais, que acompanharam esta campanha (de desestabilização) permanente. Uma mãe me contava ontem que sua filha adolescente perguntou se isso era Cuba, ao ver com lágrimas nos olhos as imagens dos atos de violência que alguns de seus amigos compartilharam no Facebook. Os donos destas redes, os donos de seus algoritmos, abriram caminho para o ódio sem o mínimo controle ético das portas de suas poderosas plataformas — afirmou Díaz-Canel.

Orgulho nacional

O presidente cubano voltou a acusar grupos dos EUA de envolvimento, nesta semana, nos episódios que considera serem de desestabilização. — Aconteceu uma ‘infoxicação’ midiática financiada a partir da Flórida, nos EUA. Seu objetivo era incentivar distúrbios e instabilidade no país, aproveitando a crise da pandemia, o bloqueio recrudescido e as mais de 240 medidas impostas por Trump contra Cuba — acrescentou. Gerardo Hernández, que fazia parte do grupo que ficou conhecido como Cinco Cubanos (agentes da inteligência da ilha que foram presos nos EUA no final dos anos 90 sob a acusação de conspiração para homicídio, mas que, segundo Havana, estavam em Miami para investigar organizações terroristas), também discursou no evento e destacou o “orgulho nacional” cubano, diante dos desafios impostos pelo capitalismo selvagem dos vizinhos norte-americanos.
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