Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Crimes de guerra cometidos por militares de Myanmar estão mais frequentes

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Terça, 08 de Agosto de 2023 às 15:24, por: CdB

Desde que uma junta militar tomou o poder há dois anos, Mianmar mergulhou no caos, com um movimento de resistência lutando contra os militares em várias frentes após uma sangrenta repressão aos oponentes que fez os países ocidentais imporem novamente sanções.


Por Redação, com Reuters - de Washington


Crimes de guerra cometidos por militares de Myanmar, incluindo o bombardeio de civis, têm se tornado "cada vez mais frequentes e descarados", disse uma equipe de investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) em um documento publicado nesta terça-feira.




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Crimes de guerra cometidos por militares de Mianmar estão mais frequentes, relata ONU

O relatório do Mecanismo de Investigação Independente para Mianmar (IIMM, na sigla em inglês), que cobriu o período entre julho de 2022 e junho de 2023, disse que há "fortes evidências de que os militares de Mianmar e suas milícias afiliadas cometeram três tipos de crimes de guerra relacionados ao combate com crescente frequência e descaramento".


Os crimes incluem o ataque indiscriminado ou desproporcional a civis usando bombas e a queima de casas e prédios de civis, resultando às vezes na destruição de aldeias inteiras, afirmou.


O relatório também citou "assassinatos de civis ou combatentes detidos durante as operações".


– Nossas evidências apontam para um aumento dramático de crimes de guerra e crimes contra a humanidade no país, com ataques generalizados e sistemáticos contra civis, e estamos construindo arquivos de casos que podem ser usados pelos tribunais para responsabilizar os perpetradores individuais – disse Nicholas Koumjian, chefe do IIMM.



Junta militar


Desde que uma junta militar tomou o poder há dois anos, Myanmar mergulhou no caos, com um movimento de resistência lutando contra os militares em várias frentes após uma sangrenta repressão aos oponentes que fez os países ocidentais imporem novamente sanções.


Um porta-voz da junta não foi encontrado para comentar as descobertas feitas pelos investigadores da ONU.


A junta já havia negado a ocorrência de atrocidades, dizendo que está realizando uma campanha legítima contra terroristas.


Embora tenha justificado os bombardeios como ataques contra alvos militares, os investigadores da ONU disseram que os militares de Myanmar "deveriam saber ou sabiam" que um grande número de civis estava dentro ou ao redor dos supostos alvos quando os ataques ocorreram.





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