Cresce entre os eleitores a confiança na urna eletrônica brasileira

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Publicado Quinta, 22 de Setembro de 2022 às 12:08, por: CdB

No texto, que tem como base dados da pesquisa 'A Cara da Democracia' (INCT-IDDC), Valéria observa  que “em 2018, aqueles que afirmaram ter muita confiança na honestidade da contagem de votos no Brasil eram 11%; em 2021, esse percentual já era de 23%, o que indica que a tendência de alta não é exclusividade do contexto recente.

Por Redação - de São Paulo
A confiança do eleitorado brasileiro nas urnas eletrônicas cresceu 12 pontos percentuais entre os anos de 2021 e 2022, apesar dos ataques de Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores ao sistema de votação eletrônica, destaca Valéria Cabrera, doutora em Ciência Política pela UFPel e pós-doutoranda no Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop) da Unicamp, em um artigo publicado no site Sonar.
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A confiança no sistema brasileiro de votação, com a urna eletrônica, tem crescido na reta final das eleições
No texto, que tem como base dados da pesquisa 'A Cara da Democracia' (INCT-IDDC), Valéria observa  que “em 2018, aqueles que afirmaram ter muita confiança na honestidade da contagem de votos no Brasil eram 11%; em 2021, esse percentual já era de 23%, o que indica que a tendência de alta não é exclusividade do contexto recente. No entanto, esse resultado intensificou-se entre 2021 e 2022, apresentando elevação superior dos percentuais em menor tempo. Nesse contexto, o patamar de muita confiança chegou a 31% em junho de 2022 e alcançou 35% em setembro do mesmo ano, isto é, conservou-se em crescimento às vésperas da eleição”. Ainda segundo ela, “ao mesmo tempo, as taxas de nenhuma confiança entraram em queda, partindo de 54% em 2018 e chegando a 29% em setembro de 2022. No que tange às categorias intermediárias, enquanto o percentual de pouca confiança diminuiu a partir de 2021, confiar mais ou menos cresceu, mantendo-se os patamares de ambas as respostas estáveis em 2022”.

Honestidade

“No entanto, os resultados mostram que, enquanto os patamares de nenhuma confiança mantiveram-se estáveis entre os petistas entre junho e setembro, entre os bolsonaristas, eles decresceram no mesmo período, passando de 47%, em junho, para 37%, em setembro. “A menos de um mês da eleição, o percentual de muita confiança sustentou-se em crescimento em setembro, inclusive entre os bolsonaristas. As categorias intermediárias de resposta mantiveram-se estáveis”, observa. “Portanto, em que pese o patamar de pessoas afirmando não ter nenhuma confiança na honestidade da contagem de votos ser alto no Brasil, o resultado temporal sugere que o cenário que antecede a eleição de 2022 é mais favorável no que diz respeito à validação dos procedimentos democráticos eleitorais pelo público, se comparado a contextos anteriores”, finaliza.
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