Depois de dois dias ouvindo testemunhas relacionadas ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ouve hoje testemunhas ligadas ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Foram convocados três ex-auxiliares de Agnelo, mas um deles (Cláudio Monteiro) obteve na Justiça o direito de permanecer em silêncio sem ser preso.
Ex-chefe de gabinete do governador, Monteiro foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF. À CPI, Agnelo afirmou não ter conhecimento sobre qualquer proximidade de Monteiro com Cachoeira e defendeu seu ex-subordinado.
Na segunda-feira (25), o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Monteiro o direito de permanecer em silêncio sempre que, a seu critério ou de seu advogado, a pergunta puder levar a resposta com risco de autoincriminação.
Os outros dois depoentes são:
- Marcello de Oliveira Lopes: também conhecido como Marcelão, foi assessor da Casa Militar do DF. Segundo a polícia, ele estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira para o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital. Agnelo relatou à CPI que, logo depois que se tornaram públicas as denúncias, Marcelão foi afastado;
- João Carlos Feitoza: ex-subsecretário de Esportes do DF, também conhecido como Zunga, é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o governador Agnelo e o contraventor.
A reunião será realizada às 10h15 na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
Com informações da Agência Senado