Coreia do Norte lança mais um míssil capaz de atingir os EUA

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Publicado Sexta, 18 de Novembro de 2022 às 08:04, por: CdB

Em reunião de emergência durante cúpula asiática, líderes de EUA, Japão, Canadá, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália condenam lançamento de míssil balístico intercontinental e anunciam "resposta" internacional.

Por Redação, com DW - de Seul

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e os líderes de Japão, Canadá, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália condenaram nesta sexta-feira o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) pela Coreia do Norte.
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Coreia do Norte dispara míssil de longo alcance perto do Japão e atrai condenação internacional
Eles alertaram que encontrarão "uma resposta forte e determinada da comunidade internacional", após participarem de uma reunião de emergência convocada por Harris devido ao disparo norte-coreano, à margem da cúpula do fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Bangkok. – Pedi a este grupo de aliados e parceiros que se unisse a nós para condenar o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance da Coreia do Norte – disse Harris. "Também pedi a eles que se juntassem para que nós, como aliados e parceiros, pudéssemos realizar consultas sobre os próximos passos. Essa conduta da Coreia do Norte, mais recentemente, é uma insolente violação das múltiplas resoluções de segurança da ONU. Isso desestabiliza a segurança na região e aumenta desnecessariamente as tensões", acrescentou. Logo em seguida, a Casa Branca emitiu um comunicado afirmando que os participantes da reunião concordaram que o lançamento do míssil "é uma violação flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas". Por isso, pedem aos países-membros da ONU que implementem resoluções para responder a essa violação, reafirmando que "o caminho do diálogo está aberto para a República Democrática da Coreia do Norte", à qual exortaram que "abandone a provocação desnecessária e retorne a uma diplomacia séria e sustentada".

Capacidade para atingir os EUA

O mais provável é que o míssil tenha caído no mar a cerca de 210 quilômetros a oeste da cidade japonesa de Hokkaido, de acordo com a Guarda Costeira do Japão. Segundo o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, o míssil tinha alcance suficiente para atingir o território continental dos Estados Unidos. O ministro do Exterior do Japão, Fumio Kishida, chamou o lançamento do míssil de "totalmente inaceitável" e pediu uma ação unida da comunidade internacional para a desnuclearização completa da Coreia do Norte. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que o lançamento foi realizado por volta das 10h15 (hora local) na área de Sunan, onde fica o aeroporto internacional de Pyongyang, local escolhido pelo regime para também lançar mísseis balísticos intercontinentais em fevereiro, março e 3 de novembro, embora dois dos lançamentos tenham fracassado. O lançamento desta sexta-feira se soma aos cerca de 30 projéteis disparados por Pyongyang desde o início de novembro em resposta a grandes manobras aéreas de Seul e Washington, incluindo outro ICBM que aparentemente falhou e caiu prematuramente nas águas do Mar do Japão. A tensão na península atinge níveis sem precedentes devido aos repetidos testes de armas norte-coreanos, às manobras dos aliados e à possibilidade de que, conforme indicam os satélites, o regime de Kim Jong-un já esteja pronto para realizar seu primeiro teste nuclear desde 2017.

Resposta de EUA e Coreia do Sul

Os exércitos sul-coreano e americano responderam nesta sexta-feira ao lançamento norte-coreano, disparando bombas guiadas em caráter de teste a partir de caças F-35, além de realizar outras manobras aéreas combinadas sobre o mar do Oriente (nome dado pelas duas Coreias ao mar do Japão). Os caças F-35A sul-coreanos de quinta geração lançaram bombas guiadas a laser GBU-12 em alvos que simulavam ser plataformas móveis norte-coreanas (TELs), enquanto outros quatro F-35A sul-coreanos e quatro F-16 norte-americanos realizaram voos de formação de combate sobre o mar do Japão, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em comunicado.        
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