Conversas para salvar acordo nuclear do Irã recomeçam em Viena

 

As conversas indiretas entre os EUA e o Irã em Viena, nas quais outros diplomatas das partes restantes do acordo (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China) agem como mediadores porque o governo iraniano recusa um contato direto com o norte-americano, almejam induzir os dois lados a voltarem a obedecer plenamente o pacto.

Por Redação, com Reuters - de Viena

Conversas para salvar o acordo nuclear de 2015 do Irã com potências mundiais recomeçaram formalmente nesta quinta-feira com uma reunião das partes remanescentes, exceto os Estados Unidos, disse o principal enviado da Rússia para as negociações no Twitter.

– Agora os participantes do #JCPOA realizam uma reunião oficial da Comissão Conjunta – tuitou Mikhail Ulyanov, usando a sigla do nome formal do acordo, o Plano de Ação Abrangente Conjunta. O principal enviado dos EUA, Rob Malley, só chegará no final de semana. As conversas indiretas entre os EUA e o Irã em Viena, nas quais outros diplomatas das partes restantes do acordo (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China) agem como mediadores porque o governo iraniano recusa um contato direto com o norte-americano, almejam induzir os dois lados a voltarem a obedecer plenamente o pacto.

Europa e EUA

Mas os debates da semana passada foram interrompidos e autoridades da Europa e dos EUA expressaram consternação com as exigências abrangentes do novo governo iraniano linha-dura comandado pelo presidente anti-ocidental Ebrahim Raisi, cuja eleição em junho causou uma pausa de cinco meses nas conversas. Autoridades ocidentais dizem que o Irã abandonou todo e qualquer compromisso que assumiu nas seis rodadas de conversa anteriores, apropriou-se daqueles feitos por outros e exigiu mais na semana passada. – O Irã se manterá firme em suas exigências – disse uma autoridade iraniana a par das tratativas à Reuters. "Todas as sanções precisam ser suspensas de imediato em um processo verificável."