Com crescimento mais fraco BCE, indica pacote de estímulo

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Publicado Quinta, 22 de Agosto de 2019 às 09:13, por: CdB

A ata inclui uma combinação de cortes de juros, compras de ativos e mudanças na orientação das taxas de juros.

Por Redação, com Reuters - de Frankfurt As autoridades do Banco Central Europeu estão preocupadas que o crescimento esteja mais fraco do que se pensava anteriormente, e um pacote de medidas pode ser a melhor maneira de combater a desaceleração, mostrou nesta quinta-feira a ata a reunião de 25 de julho. Com o crescimento e a inflação desacelerando há meses, o presidente do BCE, Mario Draghi, prometeu mais estímulo já em setembro e um fluxo constante de dados fracos desde a reunião apenas reforçou a possibilidade de mais suporte.
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Presidente do BCE prometeu mais estímulo já em setembro e um fluxo constante de dados fracos desde a reunião apenas reforçou a possibilidade de mais suporte
A ata da reunião mostrou que as opções disponíveis para o BCE incluem uma combinação de cortes de juros, compras de ativos e mudanças na orientação das taxas de juros. O banco também pode oferecer mais suporte ao setor bancário, que transmite política monetária frouxa à economia real através de um alívio da taxa de juros negativa do BCE. “Expressou-se a opinião de que as várias opções devem ser vistas como um pacote, ou seja, uma combinação de instrumentos com complementaridades e sinergias significativas”, disse o BCE. “A experiência mostrou que um pacote - como a combinação de cortes nas taxas de juros e compras de ativos - foi mais eficaz do que uma sequência de ações seletivas”, acrescentou. As autoridades na reunião de julho também expressaram preocupação com os dados recebidos, que apontam para outro corte nas previsões do BCE e problemas fora da zona do euro que ameaçam infectar a economia do bloco. A zona do euro mal cresceu no segundo trimestre e a Alemanha, a maior economia do bloco, pode já estar em recessão com a guerra comercial global, a desaceleração da China e a incerteza quanto ao Brexit diminuindo a demanda por exportação e afetando a confiança em seu vasto setor manufatureiro. Crescimento empresarial O crescimento empresarial da zona do euro acelerou um pouco em agosto, ajudado pela atividade de serviços e com a contração a um ritmo mais lento da indústria, mas temores sobre a guerra comercial derrubaram as expectativas para o nível mais fraco em mais de seis anos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). O PMI Composto preliminar do IHS Markit subiu em agosto a 51,8 de 51,5 em julho. Mas o subíndice composto de produção futura, que mede o otimismo geral das empresas, caiu a 55,5, nível mais baixo desde maio de 2013, de 58,5 em julho. Houve uma modesta retomada entre as empresas de serviços do bloco, com o PMI preliminar subindo a 53,4 de 53,2 em julho e expectativa de 53, A atividade industrial contraiu pelo sétimo mês seguido, embora a uma taxa mais lenta do que no mês anterior, com o índice indo a 47,0 de 46,5 em julho e expectativa de 46,2.
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