Ciro Gomes é escolhido candidato do PDT ao Planalto, sem um vice na chapa

Arquivado em:
Publicado Quarta, 20 de Julho de 2022 às 12:52, por: CdB

Entre os principais desafios, estava o de ainda não ter conseguido um vice-presidente para compor a chapa na corrida. O nome, inclusive, será definido somente após a convenção, tamanha a dificuldade que circunda o pedetista no momento. O prazo-limite imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) expira em 15 de agosto e até lá as apostas estão na mesa.

Por Redação - de Brasília
Na manhã do dia em que foi confirmado candidato do PDT ao Palácio do Planalto, o ex-governador cearense Ciro Gomes ainda não havia definido quem seria o seu companheiro de chapa. A convenção, na Capital Federal, oficializa a quarta tentativa de Ciro Gomes, que carrega um conjunto de pesos nas costas.
ciro.jpg
Ciro Gomes torna-se candidato do PDT ao Palácio do Planalto, em convenção realizada na Capital Federal
Entre os principais desafios, estava o de ainda não ter conseguido um vice-presidente para compor a chapa na corrida. O nome, inclusive, será definido somente após a convenção, tamanha a dificuldade que circunda o pedetista no momento. O prazo-limite imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) expira em 15 de agosto e até lá as apostas estão na mesa. O principal problema que acomete o PDT está, sobretudo, no fato de Gomes não ter conseguido arregimentar o apoio de outras siglas. Diante da dificuldade, o partido já admite a possibilidade de adotar uma solução caseira, assim como fez em 2018, quando a vice do pedetista foi a senadora Kátia Abreu (PP-TO), na época filiada à legenda.

Paris

O cientista político Emanuel Freitas, professor de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece), associa a dificuldade da candidatura ao comportamento do ex-ministro ao longo dos últimos anos, quando Gomes se manteve distante de diferentes atores e grupos políticos. A postura dificulta a construção de pontes, avalia o especialista. — Ele passou esses quatro anos em Paris, no sentido de que não construiu ponte com ninguém, apostando nesse caráter personalista de que ele, (que se coloca como) grande intelectual, autor, escreveu um livro sobre um projeto de nação e que supostamente sabe resolver todos os problemas (do Brasil), mas não conseguiu construir uma interlocução com o meio político — ironiza Freitas, ao lembrar o controverso episódio em que Ciro se retirou do país para não apoiar Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2018. O professor destacou, ainda, que o ex-ministro não estabeleceu relações nem mesmo com Kátia Abreu. — Não teve nada disso, e olha ela é uma mulher importante do agronegócio, da região Centro-Oeste, que é um núcleo duro do bolsonarismo — concluiu.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo