Cientistas de diversas partes do mundo lançaram um projeto de dez anos e US$ 100 milhões com o objetivo de produzir lavouras mais nutritivas de milho, feijão e mandioca, numa batalha contra a fome e a desnutrição que matam por volta de 1,8 milhão de pessoas na África todo ano. A iniciativa, que envolve agentes públicos e privados, foi batizada de HarvestPlus e é encabeçada pelo Consultative Group on International Agriculture Research, uma entidade criada há 30 anos e que congrega 8.500 cientistas.
A Fundação Bill e Melinda Gates fornecerá US$ 25 milhões dos US$ 47 milhões já prometidos por doadores internacionais para o primeiro estágio do programa, que deverá custar US$ 50 milhões. O projeto enfatizará o conteúdo de vitaminas de alimentos comumente usados na África, Ásia e América Latina.
Cientistas da Nigéria e de outras nações, incluindo Colômbia, Gana, Peru, México e Filipinas, trabalharão com técnicas tradicionais de agricultura para aumentar o valor nutritivo de alimentos muito usados em seus países, como arroz, trigo, milho, mandioca, batata doce e feijão. Se a agricultura tradicional falhar, os cientistas analisarão o uso de modificações genéticas.