Somente neste ano, o Indosuez Wealth Management – unidade de wealth do Crédit Agricole – e o Union Bancaire Privée (UBP), ambos com sede na Suíça, abriram escritórios em Lisboa.
Por Redação, com Bloomberg – de Lisboa
A capital portuguesa tem se transformado, no curto espaço de tempo, em um centro sofisticado da União Europeia (UE). Os sinais de aumento da riqueza e das mudanças na próspera Lisboa estão por todos os lados, observa o chefe do banco suíço Edmond de Rothschild no país, Bruno Carvalho, à medida que uma onda de estrangeiros com patrimônio elevado migra para o país, atraídos por praias ensolaradas, isenções fiscais e um programa avançado de vistos de permanência.
Embora alguns desses incentivos estejam em declínio, ainda estão disponíveis para candidatos ricos e continuam a atrair expatriados com muito dinheiro.
A entrada de novos moradores ricos, segundo Carvalho, tem significado mais competição. Novos bancos rivais que atuam em gestão de fortunas (ou em private banking) entram no mercado e desencadeiam uma guerra por talentos. Somente neste ano, o Indosuez Wealth Management – unidade de wealth do Crédit Agricole – e o Union Bancaire Privée (UBP), ambos com sede na Suíça, abriram escritórios na cidade.
Indivíduos
O grupo Julius Baer, de Zurique, também planeja se expandir para Lisboa no ano que vem, informou recentemente a agência norte-americana de notícias Bloomberg News. Embora a gestão de fortunas seja um negócio em crescimento para muitos grandes bancos ao redor do mundo – e isso vale para o Brasil e a América Latina -, a decisão de ao menos três atores europeus estabelecidos, de abrir escritórios em Lisboa no intervalo de um ou dois anos, indica a importância da chegada de migrantes ricos para a economia portuguesa.
A Henley & Partners, uma consultoria para profissionais que planejam imigração, estima que mais de 800 indivíduos de alto patrimônio líquido com patrimônio superior a US$ 1 milhão se mudaram para Portugal no ano passado, fazendo dele um dos dez principais destinos para milionários migrantes. Dados do governo de Portugal mostram que o número de residentes estrangeiros no ano passado saltou 33%, para um recorde de 1 milhão, o que representa cerca de 10% da população.
— Nossa operação em Lisboa é muito recente, mas esperamos dobrar nossos negócios muito em breve — resumiu Nuno Vilar Gomes, que recentemente se mudou de Luxemburgo para liderar uma equipe com dez pessoas no Indosuez de Portugal.