Presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) preferiu não comentar a decisão do PMDB de lançar um candidato próprio à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. O presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), reeleito para o cargo neste domingo, disse que vai buscar o apoio dos demais partidos da coalizão, incluindo o próprio PT, para um nome do PMDB.
Segundo Chinaglia, que compareceu à convenção do PMDB, cabe ao PT e ao presidente Lula decidir se o partido terá um candidato em 2010 ou se apoiará um nome de outro partido.
- Isso diz respeito ao Lula e ao PT - desconversou.
Chinaglia disse, ainda, sobre o PMDB buscar apoio do PT em 2010, que "respeita os planos de qualquer partido".
- Se isso vai dar certo, saberemos depois - disse.
Chinaglia também preferiu não dar asas às especulações de que pode ser um nome do PT para disputar a eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2008. Chinaglia descartou a hipótese e disse que essa discussão não está colocada.
- Essa é uma discussão que não cabe agora. Não sou cotado por quem quer que seja. Acho extemporâneo - disse.
Apagão aéreo
O petista acrescentou, aos jornalistas, sua posição sobre a CPI do Apagão Aéreo. Um grupo de deputados pretende ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para obrigá-lo a instalar a CPI. Chinaglia se disse "tranqüilo" porque o adiamento respeitou "os procedimentos da Casa".
Semana passada, o plenário decidiu encaminhar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o requerimento da CPI para que os deputados analisem se há fato determinado. A oposição considerou uma manobra para adiar a CPI que é indesejada pelo governo.
A base governista teme que se repita o que ocorreu com a CPI dos Bingos, que investigou assuntos diversos. Segundo um líder oposicionista, a preocupação é que a CPI vasculhe as contas da Infraero com empreiteiras.