China volta a colocar milhões de pessoas em confinamento por covid

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Publicado Quarta, 31 de Agosto de 2022 às 11:05, por: CdB

Uma das principais afetadas foi Shenzhen, polo tecnológico, com cerca de 9 milhões de moradores de quatro distritos impedidos de deixarem suas residências por quatro dias. O bloqueio atinge, inclusive, o maior centro de venda de componentes eletrônicos do mundo.

Por Redação, com ANSA - de Pequim

A China voltou a colocar milhões de cidadãos sob confinamento por conta de surtos localizados de casos de covid-19, em bloqueios que começaram nesta terça e esta quarta-feira. As áreas afetadas estão espalhadas por todo o país.
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China colocou diversas cidades em lockdown para conter surtos da doença
Uma das principais afetadas foi Shenzhen, polo tecnológico, com cerca de 9 milhões de moradores de quatro distritos impedidos de deixarem suas residências por quatro dias. O bloqueio atinge, inclusive, o maior centro de venda de componentes eletrônicos do mundo. Já em Dalian, o isolamento obrigatório afeta a metade dos seus seis milhões de residentes e deve durar cinco dias. Em Guangzhou, também um distrito inteiro foi colocado sob confinamento e a volta às aulas de todas as faixas etárias foi adiada. Nas cidades de Chengde e Xinle, que ficam próximas à capital Pequim, outros quatro milhões de habitantes precisarão permanecer em casa durante quatro dias. Em Tianjin, apesar de confinamentos menores, os 13 milhões de moradores precisarão passar pelos testes em massa feitos pelo governo.

Surtos de covid-19

A China é um dos poucos países grandes do mundo que ainda aplica a política de tolerância zero no caso de surtos de covid-19. Quando essas medidas são aplicadas, seja a cidades inteiras ou a distritos específicos, os moradores só podem sair para ir ao supermercado, médicos ou farmácias e precisam informar a ocasião. Segundo um estudo divulgado na terça-feira pelo Capital Economics, a manutenção dessa política mesmo com um altíssimo número de vacinados fez com que a economia chinesa passasse a crescer de maneira lenta. Ao todo, 41 cidades que correspondem a 32% do PIB do país são afetadas por medidas do tipo. O governo justifica que é preciso manter essa política porque ela deu certo no início da crise sanitária e porque, se seguir os modelos ocidentais, seriam contabilizadas milhares de mortes pela doença.
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