China e Estados Unidos se acusam de interferência em eleições de Taiwan

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Publicado Quinta, 11 de Janeiro de 2024 às 14:57, por: CdB

Washington deve se abster de intervir de qualquer forma nas eleições na região de Taiwan, para evitar causar sérios danos nas relações sino-americanas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinesa, Mao Ning.


Por Redação, com ANSA - de Pequim/Washington


Os Estados Unidos confirmaram que enviarão uma "delegação não oficial" a Taiwan após as eleições na ilha.


Em resposta, a China ?convidou? os Estados Unidos a não intervir nas eleições, expressando "forte oposição" às visitas oficiais previstas.




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Os Estados Unidos confirmaram que enviarão uma "delegação não oficial" a Taiwan após as eleições na ilha

Washington deve se abster de intervir de qualquer forma nas eleições na região de Taiwan, para evitar causar sérios danos nas relações sino-americanas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinesa, Mao Ning, reiterando que Pequim "se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial EUA-Taiwan".


Ela também condenou as "falácias ousadas" dos Estados Unidos sobre o pleito, depois que Washington alertou Pequim para que não alimentasse as tensões nas eleições, também pedindo que evitasse interferências.


Mao Ning advertiu que ?Taipei é a linha vermelha número um que não deve ser ultrapassada nas relações entre China e EUA".


A China chamou Lai Ching-te, o candidato do Partido Democrático Progressista nas eleições presidenciais de sábado em Taipei, de um "grave perigo". 


Chen Binhua, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do governo chinês, "expressou a esperança de que os compatriotas de Taiwan vejam o grave perigo da incitação de conflitos através do Estreito por parte de Lai e façam a escolha certa na encruzilhada".



“Paz e guerra"


Pequim argumentou que o voto da ilha é uma escolha entre "paz e guerra" e rotulou Lai como um "agitador" com posições independentistas.


– A independência de Taiwan e a paz através do Estreito não podem coexistir, pois a primeira é também incompatível com os interesses e o bem-estar dos compatriotas de Taiwan – acrescentou Chen. Lai Ching-te é vice da atual presidente Tsai Ing-wen.


– O fato de as relações entre as duas margens do Estreito terem piorado nos últimos oito anos demonstrou plenamente que a rota de Tsai é um caminho para a independência de Taiwan, o confronto e o prejuízo a Taiwan, e a afirmação de Lai de seguir esse caminho significa continuar afastando Taiwan da paz e da prosperidade e aproximá-la da guerra e da recessão – continuou Chen.


Já Hou Yu-ih, candidato presidencial dos conservadores do KMT, disse que "não venderá" a ilha para a China e excluiu negociações para a unificação como opções de seu mandato em caso de vitória, assegurando, no entanto, estar aberto a negociações com Pequim para aliviar as tensões.


Durante uma coletiva de imprensa transmitida para a imprensa estrangeira, ele disse que deseja manter uma relação sólida com os Estados Unidos, também em termos de defesa.


A China considera a ilha parte "inalienável" de seu território a ser reunificado, mesmo pela força, se necessário.




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