O primeiro vôo tripulado da China entrou em órbita na terça-feira e deve circundar a Terra 14 vezes em 21 horas, antes de retornar ao planeta.
O astronauta a bordo da Shenzhou V é o tenente-coronel Yang Liwei, de 38 anos, natural do nordeste da China.
Com o sucesso da expedição, a China se tornou o terceiro país, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, a levar homens ao espaço.
A nave foi lançada às 9h00 desta quarta-feira (22h00 de terça-feira, em Brasília) com o auxílio de um foguete Long March 2F a partir da base Jiuquan, no deserto de Góbi.
O lançamento deveria ter sido transmitido em cadeia nacional para toda a China, mas o governo acabou desistindo da idéia e resolveu mostrá-lo mais tarde.
O presidente chinês, Hu Jintao e outros integrantes da cúpula do governo teriam estado presentes ao lançamento da espaçonave na base de Jiuquan.
Evento patriótico
O dia escolhido para o acontecimento foi um dia depois de uma importante reunião do Partido Comunista em Pequim. Dessa forma, ele deve ser apresentado como um evento patriótico.
"O lançamento da Shenzhou V é muito aguardado pelos chineses", disse uma porta-voz do Ministério do Exterior antes do evento.
O projeto da nave é baseado na cápsula espacial russa Soyuz, com capacidade para três pessoas, apesar de o programa espacial chinês ter feito várias modificações ao original.
O projeto virou um motivo de orgulho nacional, e a Shenzhou vem sendo descrita pela imprensa do país como "a nave tripulada inteiramente projetada pela China".
O nome de Yang Liwei como único tripulante da espaçonave só foi confirmado na hora do lançamento.
Ele teria dito: "Não vou decepcionar a pátria-mãe."
"Vou completar cada movimento com total concentração. E vou conquistar honra para o Exército de Libertação Popular e para a nação chinesa."