A licitação, concluída em 2019 - durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enfrentou questionamentos na Justiça. As obras foram finalizadas apenas em 2021, despertando a atenção para possíveis irregularidades.
Por Redação - de Brasília
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou, nesta sexta-feira, uma série de irregularidades em obras realizadas em Macapá (AP), que foram financiadas com verbas articuladas pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A autarquia apontou diversas falhas, incluindo o pagamento por serviços não executados, erros na licitação e a concessão irregular de aval à construtora para participar da concorrência.
A empresa vencedora foi a Construtora Cimentos do Norte (CCN), criada pela ex-deputada estadual Francisca Favacho, que recentemente trocou o Pros para integrar a cúpula do MDB no Amapá. Ela é mãe do deputado federal Acácio Favacho (MDB-AP), segundo apuração do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.
A construtora foi fundada em 2017, pouco após a assinatura do convênio de repasse de verba entre os Ministérios das Cidades e a Prefeitura de Macapá. As obras incluíram pavimentação, construção de ciclovia e melhoria de calçadas em um trecho de aproximadamente 2,5 km pela Avenida JK, entre o Complexo do Araxá e o Marco Zero do Equador.
Acordos
A licitação, concluída em 2019 - durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enfrentou questionamentos na Justiça. As obras foram finalizadas apenas em 2021, despertando a atenção para possíveis irregularidades.
Durante o período da execução das obras, Davi Alcolumbre ocupava o cargo de presidente do Senado, tornando-se o principal negociador de emendas parlamentares com o governo Bolsonaro. A partir desse momento, o Amapá passou a receber uma fatia significativa do Orçamento por meio de acordos políticos no Congresso.