Cerca de 50% dos casos de dengue são assintomáticos, diz Fiocruz

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Publicado Quarta, 14 de Fevereiro de 2024 às 13:38, por: CdB

O assintomático carrega o vírus da dengue no corpo, e se for picado pelo inseto, este se contamina e em torno de uma semana torna-se capaz de espalhar a doença. Por isso os casos de dengue assintomáticos ajudam a acelerar a propagação.


Por Redação, com Canaltech e ABr - de Brasília


A Fiocruz revelou que cerca de 50% dos casos de dengue são assintomáticos, o que gera preocupação por diversos motivos: ajuda a propagar a doença, com o que os especialistas chamam de "transmissão silenciosa", e ainda contribui para a subnotificação do número de casos.




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As pessoas assintomáticas carregam o vírus da dengue no corpo e podem ajudar outros mosquitos a espalharem a doença, além de gerar subnotificação dos casos

Além disso, o assintomático carrega o vírus da dengue no corpo, e se for picado pelo inseto, este se contamina e em torno de uma semana torna-se capaz de espalhar a doença. Por isso os casos de dengue assintomáticos ajudam a acelerar a propagação.


Ao Correio Braziliense, a médica infectologista Ana Carolina D'Ettorres, da Fiocruz, apontou que "quando quase 50% das pessoas não têm sintomas, a circulação viral pode ser até o dobro do que imaginamos", por isso os especialistas têm estado em alerta.


Como essa parcela de pessoas não sente nada, fica difícil a tarefa de compreender a dimensão da doença (ou seja: quantos foram picados pelo mosquito Aedes aegypti).


A Fiocruz salienta que esse alto número de pacientes assintomáticos deixam ainda mais evidente a importância dos cuidados preventivos. A instituição ainda observa que o Aedes aegypti pode voar em um raio de até 100 metros de distância e tem o costume de ficar próximo aos locais onde deposita os ovos.



Como se prevenir da dengue?


A cartilha do Ministério da Saúde ressalta que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue (além de chikungunya e zika, também transmitidos pelo mosquito).


As medidas preventivas incluem colocar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão, remover recipientes em domicílios que possam se transformar em criadouros e  vedar reservatórios e caixas de água.


A Pasta também recomenda desobstruir calhas, lajes e ralos e participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).



Quais os sintomas de dengue?


Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a dengue pode ser definida como "uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada". A maioria dos pacientes se recupera, mas parte progride para formas graves da dengue, que pode inclusive levar à morte.


O primeiro sintoma para ficar de olho é a febre (39°C a 40°C) de início repentino, tal como dor de cabeça, prostração, dores musculares e e dor atrás dos olhos, mas a Pasta também faz um alerta para sintomas como:


Dor abdominal intensa


Vômitos persistentes


Irritabilidade


Aumento do tamanho do fígado


Sangramento de mucosa


No caso grave, a doença leva a hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos.



Já tem vacina da dengue?


A boa notícia é que já existe vacina da dengue, que até chegou ao SUS. A Qdenga tem eficácia de 80,2% contra os 4 sorotipos do vírus. Mas o Butantan também está produzindo uma vacina, com uma eficácia semelhante: 80%.


Além de buscar informações sobre a vacina, a recomendação é que se cumpra os métodos de prevenção para impedir que os casos de dengue aumentem ainda mais na sua região.



DF vacinou quase 10 mil crianças contra a dengue em quatro dias


O Distrito Federal aplicou 9.895 doses da vacina contra a dengue em crianças de 10 a 11 anos desde a última sexta, quando a imunização começou. De acordo com o governo do Distrito Federal (GDF), apenas na segunda-feira, 2.091 crianças foram imunizadas na rede pública contra a doença.


Em nota, o GDF informou que as 15 unidades básicas de saúde (UBS) destinadas à vacinação seguem em funcionamento durante todo o carnaval, com dez locais atendendo a partir das 8h e outros cinco, a partir das 13h.


Para receber as doses, as crianças devem comparecer à unidade acompanhadas dos pais ou responsáveis, com documento de identificação e caderneta de vacinação em mãos. Pessoas diagnosticadas com dengue devem aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal, que consiste em duas doses com intervalo de três meses entre elas.




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