O caso ocorreu na quarta-feira, quando torcedores do Atlético de Madrid entoaram cânticos ofensivos contra o jogador antes da partida contra a Inter de Milão pelas oitavas de final da Champions League.
Por Redação, com ANSA - de Brasília
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que vai acionar a Uefa, organizadora da Liga dos Campeões, após ataques racistas da torcida do Atlético de Madrid contra o craque Vinícius Júnior, do Real Madrid.
"O governo brasileiro reiterará às autoridades governamentais e esportivas espanholas sua preocupação com os repetidos ataques racistas ao atleta.
E cobrará providências da Uefa, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram", diz um comunicado do Itamaraty.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha mencionado as ofensas a Vini Jr durante a recente visita do premiê espanhol, Pedro Sánchez, expressou na quinta-feira sua solidariedade ao craque.
O caso ocorreu na quarta-feira, quando torcedores do Atlético de Madrid entoaram cânticos ofensivos contra o jogador antes da partida contra a Inter de Milão pelas oitavas de final da Champions League.
"O governo brasileiro registra, com tristeza e indignação, a ocorrência de novas manifestações racistas contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior por parte de torcedores do Atlético de Madrid", ressalta o comunicado do Itamaraty.
O ministério lembrou que o futebol brasileiro, cinco vezes campeão do mundo, é "fundado em uma matriz multicultural e multirracial, cuja maior expressão será sempre Edson Arantes do Nascimento , o Rei Pelé".
Immobile, da Lazio, é agredido diante da escola do filho
O atacante Ciro Immobile, da Lazio, disse ter sido agredido "verbalmente e fisicamente" diante da escola de seu filho, em Roma, nesta sexta-feira.
Segundo comunicado divulgado pela assessoria do jogador, o episódio ocorreu quando o atacante estava acompanhado da esposa Jessica e do filho Mattia, de apenas quatro anos.
"Na manhã de hoje, 15 de março, Ciro Immobile, a esposa e o filho foram agredidos verbalmente e fisicamente por um grupo de pessoas diante do instituto escolar do filho", afirma a nota.
De acordo com o comunicado, a agressão se deve a uma campanha de "instigação ao ódio praticada e apoiada por alguns veículos de imprensa e jornalistas que disseminaram palavras de ódio contra Ciro Immobile, veiculando inclusive reconstruções não condizentes com a realidade".
A nota faz referência a rumores de que Immobile, capitão e jogador mais importante da Lazio nas últimas temporadas, teria liderado um boicote ao treinador Maurizio Sarri, que se demitiu do cargo nesta semana.
O atacante vai processar os "responsáveis por tais difamações", que "lesaram" sua "imagem profissional e pessoal". "A instigação ao ódio, sobretudo de maneira gratuita, é um crime que deve ser punido", conclui a nota.